29.12.12

Protocolo de colaboração com a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas


"O Museu das Migrações e das Comunidades de Fafe acaba de ver reconhecido o trabalho que tem desenvolvido nesta área, ontem, com a assinatura do protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal de Fafe e a Direcção Geral das Comunidades Portuguesas. Um protocolo que abre, agora, portas para a expansão e maior apetrechamento do espaço museológico.
O protocolo foi assinado na Casa da Cultura de Fafe, pelo presidente da câmara, José Ribeiro, e pelo secretário de Estado da Emigração e das Comunidades, José de Almeida Cesário, que aproveitou para visitar o acervo histórico existente." in Correio do Minho  +

28.12.12

Protocolo de colaboração com a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas

O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José de Almeida Cesário, deslocou-se a Fafe na tarde de 27 de dezembro, onde assistiu e homologou um protocolo de cooperação que tem por objeto enquadrar domínios de interesse mútuo, no âmbito das questões migratórias e do programa de atividades do Museu das Migrações e das Comunidades.
O documento foi firmado entre a Câmara Municipal de Fafe e a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas e a cerimónia teve lugar pelas 17h00, no Museu das Migrações e das Comunidades. 

O protocolo valoriza “a relevância e a diversidade das questões relativas à emigração da população do concelho de Fafe” e “a vantagem de se reforçar a cooperação institucional com vista a criar sinergias que favoreçam o desenvolvimento do trabalho de recolha, preservação, investigação e divulgação dos acervos materiais e imateriais relativos à emigração portuguesa que o Museu das Migrações e das Comunidades tem com reconhecido mérito levado a cabo desde a sua criação”. 
O documento enquadra ainda a necessidade de se mobilizarem as comunidades portuguesas “a participar no esforço de aprofundar o conhecimento científico sobre os movimentos migratórios portugueses e de preservar a memória da presença portuguesa nos diversos países de acolhimento das comunidades portuguesas”. O acordo entrou em vigor na data da sua assinatura e vigora por um período inicial de três anos, renováveis por iguais e subsequentes períodos, até denúncia por uma das partes.

20.12.12

Boas Festas

Desejos de um Feliz Natal e um Bom Ano Novo.
We wish you a Merry Christmas and a Happy New Year.
Geseënde Kersfees en 'n voorspoedige Nuwe jaar Geseënde Kersfees en 'n gelukkige nuwe jaar Gëzuar Krishtlindjet e Vitin e Ri E güeti Wïnâchte un e gleckichs Nej Johr Gozhqq Keshmish መልካም ገና (Melkam Gena) - Merry Christmas - celebrated on 7th January መልካም አዲስ አመት (Melkam Addis Amet) - Happy New Year - celebrated on 11th September Gozhqq Keshmish Շնորհավոր Ամանոր և Սուրբ Ծնունդ (Shnorhavor Amanor yev Surb Tznund) Bones Navidaes y Gayoleru añu nuevu! Sooma Nawira-ra З Божым нараджэннем (Z Bozym naradzenniem) Шчаслівых Калядау (Szczaslivych Kaliadau) З Новым годам i Калядамi (Z Novym godam i Kaliadami) Zorionak eta urte berri on শুভ বড়দিন (shubho bôṛodin) শুভ নববর্ষ (shubho nôbobôrsho) Asgwas amegas (Happy New Year) Sretan Bozic i sretna nova godina Честита Коледа (Čestita Koleda) Весела Коледа (Vesela Koleda) Щастлива Нова Година (Štastliva Nova Godina) Честита нова година (Čestita nova godina) Bon Nadal i feliç any nou ᏓᏂᏍᏔᏲᎯᎲ & ᎠᎵᎮᎵᏍᏗ ᎢᏤ ᎤᏕᏘᏴᎠᏌᏗᏒ (Danistayohihv & Aliheli'sdi Itse Udetiyvasadisv) 聖誕節同新年快樂 (singdaanjit tùhng sànnìhn faailohk) 恭喜發財 (gùng héi faat chōi) - used at Chinese New Year 聖誕快樂 新年快樂 [圣诞快乐 新年快乐] (shèngdàn kuàilè xīnnián kuàilè) 恭喜發財 [恭喜发财] (gōngxǐ fācái) - used at Chinese New Year Tsaa Nu̶u̶sukatu̶̲ Waa Himaru̶ Sretan Božić! Sretna Nova godina! Glædelig jul og godt nytår Veselé vánoce a šťastný nový rok Prettige kerstdagen en een Gelukkig Nieuwjaar! Zalig kerstfeest en Gelukkig Nieuwjaar Ĝojan Kristnaskon kaj feliĉan novan jaron Bonan Kristnaskon kaj feliĉan novan jaron Rõõmsaid Jõule ja Head Uut Aastat Häid Jõule ja Head Uut Aastat Zalig Kerstfeest en Gelukkig Nieuwjaar Joyeux Noël et bonne année Bo Nadal e próspero aninovo გილოცავთ შობა-ახალ წელს (gilocavth shoba-akhal c’els) - frm გილოცავ შობა-ახალ წელს (gilocav shoba-akhal c’els) - inf Frohe/Fröhliche Weihnachten und ein gutes neues Jahr / ein gutes Neues / und ein gesundes neues Jahr / und einen guten Rutsch ins neue Jahr Frohes Fest und guten Rutsch [ins neue Jahr] Καλά Χριστούγεννα! (Kalá hristúyenna) Ευτυχισμένο το Νέο Έτος! (Eftyhisméno to Néo Étos!) Καλή χρονιά! (Kalí hroñá) Gleðileg jól og farsælt komandi ár Gleðileg jól og farsælt nýtt ár Nollaig shona duit/daoibh (Happy Christmas to you) Beannachtaí na Nollag (Christmas Greetings) Beannachtaí an tSéasúir (Season's Greetings) Athbhliain faoi mhaise duit/daoibh (Prosperous New Year) Bliain úr faoi shéan is faoi mhaise duit/daoibh (Happy New Year to you) Buon Natale e felice anno nuovo メリークリスマス (merī kurisumasu) New Year greeting - 'Western' style 新年おめでとうございます (shinnen omedetō gozaimasu) New Year greetings - Japanese style 明けましておめでとうございます (akemashite omedetō gozaimasu) 旧年中大変お世話になりました (kyūnenjū taihen osewa ni narimashita) 本年もよろしくお願いいたします (honnen mo yoroshiku onegai itashimasu) Noel alegre i felis anyo muevo Kirîsmes u ser sala we pîroz be Bon natal e anio nova felis Natal joios e bon anio nova Priecīgus Ziemassvētkus un laimīgu Jauno gadu Natale hilare et annum faustum E schéine Chrëschtdag an e glécklecht neit Joer Schéi Feierdeeg an e glécklecht neit Joer Schéi Chrëschtdeeg an e gudde Rutsch an d'neit Joer Il-Milied Ħieni u s-Sena t-Tajba Awguri għas-sena l-ġdida Nizhonigo Keshmish Baahózhó Doo Nínanahí Glæd Geol and Gesælig Niw Gear Feliz Natal e próspero ano novo / Feliz Ano Novo Boas Festas e Feliz Ano Novo / Um Santo e Feliz Natal Alassëa Hristomerendë! Alassëa Vinyarië! Crăciun fericit şi un An Nou Fericit Krismasi Njema / Heri ya krismas Heri ya mwaka mpya God jul och gott nytt år Веселого Різдва і з Новим Роком (Veseloho Rizdva i z Novym Rokom)

9.12.12

Fronteiras e Mobilidades na Península Ibérica, Séc. XX


Terá lugar nos próximos dias 13 e 14 de Dezembro na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (FCSH/UNL) o Colóquio Internacional "Fronteiras e Mobilidades na Península Ibérica, Séc. XX", organizado no âmbito do projecto "PTDC/HIS-HIS/103810/2008. Além do fracasso e do Maquiavelismo. A emigração portuguesa irregular para França, 1957-1974", acolhido pelo Instituto de História Contemporânea e sob coordenação de Victor Pereira.

30.11.12

Na fronteira entre a memória e a esperança

"Especialistas reuniram-se no lugar simbólico de Hendaya e debateram a emigração nos anos 60. Foi uma jornada de olhar plural sobre um fenómeno marcante na sociedade portuguesa.
Na cartografia da emigração portuguesa, Hendaye é, de muitas maneiras, lugar simbólico por excelência. Lugar de liberdade – o passo de Hendaye era verdadeiramente a superação da “fronteira entre a mágoa e a França” (Manuel Alegre), espaço afluente de memórias da aventura trágico-terrestre que foi a emigração (um milhão e meio de portugueses entre 1957 e 1974) de que Hendaye, afinal, foi a grande placa giratória. Essas perspetivas, esse exercício de memória em busca do tempo passado (sempre com o horizonte do presente e do futuro no pensamento) passou dominantemente pelo Colóquio Internacional sobre a Emigração Portuguesa dos anos 60, que no dia 16 se realizou em Hendaye, graças à vontade e capacidade mobilizadora de Manuel Dias. À volta dos temas em debate, juntaram-se historiadores, sociólogos, jornalistas, políticos, num diálogo que o embaixador de Portugal em Paris considerou de qualidade e extremamente interessante. 

Na sessão de abertura, Manuel Dias lembrou que “Hendaye e a fronteira dos Pirinéus foram a porta da liberdade para esses milhões de portugueses e espanhóis que fugiram das ditaduras de Franco e de Salazar para buscar trabalho e viver em liberdade”. Manuel Dias explicou que esta iniciativa era, também, uma maneira de “homenagear esses milhares de portugueses que contribuíram para construir e enriquecer a França e escreveram páginas das histórias de França, de Portugal e da Europa dos povos e dos cidadãos”. A importância deste colóquio, nas suas múltiplas dimensões culturais, com destaque para a articulação histórica, social e económica com a França, foi destacada pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, Luc Gresson, diretor da Cidade Nacional da História da Imigração, Pompeu Martins, da Câmara de Fafe, Leão Rocha, cônsule português em Bordéus e Jean-Baptiste Sallaberry, maire de Hendaye, que também deu as boas-vindas aos participantes. 

Numa longa jornada de debates, com qualificados especialistas nos domínios da história e da sociologia, foi possível fazer uma introspeção às problemáticas da emigração, designadamente sobre as origens da emigração portuguesa para a França e a Europa, com um enfoque da longa duração do fenómeno por Maria Beatriz Rocha-Trindade, as diferenças entre a emigração portuguesa e a espanhola para França, vista à luz dos tratados, analisadas por Victor Pereira, historiador que acaba de publicar um interessante livro: La dictature de salazar face à L’emigration – L’Etat portugais et ses migrants en France (1957-1974), ou a historiadora Marie-Christine Volovich Tavares, que explicou bem como a “emigração portuguesa foi uma emigração de rutura”, pelas suas particularidades políticas e sociais. 
Outro tema em discussão foi os contributos da emigração portuguesa à sociedade francesa, com o sociólogo Albano Cordeiro a sublinhar o aspeto das relações sociais e o associativismo, o jornalista Carlos Pereira falando das mudanças de qualidade verificadas entre a primeira, a segunda e a terceira gerações e Jorge Portugal Branco, outro sociólogo, a mapear o dinamismo das relações entre os dois países, a partir do fenómeno migratório. 

No painel que debateu o papel da emigração portuguesa na economia do país de origem, foi interessante ouvir Isabel Ferreira, diretora do Museu da Emigração e das Comunidades , o único deste tipo existente em Portugal, falar do trabalho de preservação da memória no universo migratório, do deputado Carlos Gonçalves caracterizar as mudanças operadas na comunidade portuguesa de França, ou de Paulo Pisco, outro deputado, estigmatizar o conceito que olha para a emigração como produto de exportação." (...)

"A emigração, mau grado a sua condição de fenómeno de longa duração, historicamente marcante, continua a ser uma coisa obscura na sociedade portuguesa, espécie de fantasma que paira sobre a realidade. A década de 60, que era o horizonte temporal do debate, com a saída de um milhão e meio de portugueses, configurou o território ao país das ausências. Em boa verdade, instalou-se ao longo do tempo uma retórica económica que, em certa medida, reduzia a emigração portuguesa às remessas – é a economia, estúpido! – que foram uma cornucópia de vultuosos cifrões, muito antecipadora dos fundos comunitários. Isso produziu uma imagem distorcida das coisas e uma leitura minimalista de um fenómeno estrutural com implicações, também, nos domínios da demografia, do imaginário, da paisagem física e humana, e, sobretudo, da mentalidade. Estão por apurar, em toda a sua extensão, as implicações da mudança, certamente contraditórias, articuladas à escala do território, com notável influência no espaço simbólico: traços de um confronto inscrito na psicologia coletiva. A presença massiva de portugueses na Europa, em países de matriz democrática, traduzia-se em experiências de vida que eram gritos de liberdade no “Portugal amordaçado”. As ausências transformaram-se, assim, em presença de utopias, de desjo e liberdade. A emigração persistiu como fenómeno fugidio e rodeado de silêncios. No JF, há muitos exemplos de cortes de censura sobre os diversos tipos de “salto” e alguns os mostrei, em Hendeye, para espanto dos circunstantes. O mito do Brasil, criado à volta da emigração intercontinental, produziu o grande romance A Selva, de Ferreira de Castro; a grande saga da emigração para a Europa está, em larga medida, por escrever, por ler, por conhecer. Daí, também, a importância deste Colóquio de Hendaye que, como pude dizer lá, deverá continuar em 2013 no Fundão, como coração da Beira, para debater as sombras e a luz que incidem na memória: na literatura, no cinema, na fotografia, na sociologia, na mentalidade, na mudança. E, questionando-se, questionar a Europa. No próximo ano, no Fundão..."

Fernando Paulouro Neves in Jornal do Fundão +

22.11.12

Immigration portugaise des années 1960 vers la France et l’Europe

Teve lugar no passado dia 16 o colóquio “Immigration portugaise des années 1960 vers la France et l’Europe’”, no Espace Culturel Mendi-Zolan, Sokoburu, Hendaye, no âmbito das Comemorações do Cinquentenário da Emigração Portuguesa para França. O colóquio decorreu na emblemática cidade de Hendaye e contou com a participação de vários investigadores portugueses e franceses, no sentido de dar a conhecer a participação portuguesa na reconstrução da França no pós 2ª Guerra Mundial, valorizando a presença e integração da comunidade portuguesa, hoje parte integrante daquele país. 

O Município de Fafe esteve representado pelo Vereador da Cultura, Pompeu Miguel Martins, e pela coordenadora do Museu das Migrações, Isabel Alves. Na mesa oficial de abertura o Vereador da Cultura apresentou o Museu e estendeu o convite aos investigadores presentes para que os seus trabalhos integrem o Museu e contribuam para o estudo do fenómeno migratório, continuando o trabalho em rede que tem vindo a ser implementado. Isabel Alves falou da importância da recolha, preservação, estudo e comunicação do património resultado do fenómeno migratório, não só material mas também imaterial, que é hoje parte integrante do nosso país, país de origem, mas também nos países de acolhimento dos portugueses que partiram em busca de melhores condições de vida. No âmbito do trabalho de cooperação do Município de Fafe com instituições radicadas em França, o programa do evento contou ainda com a inauguração das exposições de fotografia 'Sala de espera' de Gabriel Gonzalez e ‘Por uma vida melhor’ de Gérald Bloncourt.
Um dos momentos altos do evento foi precisamente a homenagem prestada a Gérald Bloncourt, à investigadora Maria Beatriz Rocha-Trindade e a Abílio Laceiras pelo trabalho que têm vindo a realizar ao longo das suas vidas sobre as migrações portuguesas. 

 As mesas redondas abordaram temas como as origens da emigração portuguesa, os contributos para o país de origem e o país de acolhimento, o contributo da emigração para a economia portuguesa, o papel das mulheres e dos jovens e as questões de fronteira(s), debatidos pelos nomes maiores da investigação da e/imigração – Maria Beatriz Rocha-Trindade, Marie-Christine Tavares, Jorge Portugal Branco, Catherine de Wenden, Victor Pereira. Igualmente a presença de ilustres figuras do Jornalismo e Comunicação Social acrescentaram outras perspectivas ao debate, nomeadamente Carlos Pereira, director do Luso Jornal e Fernando Paulouro das Neves, diretor do Jornal do Fundão. A participação de responsáveis associativos contribuíram para uma visão lusofrancesa da integração portuguesa em França e da actualidade das associações de luso-descendentes naquele país. De assinalar a participação de várias individualidades políticas de Bordéus, Portugal e França, nomeadamente do secretário de Estado das Comunidades, do Embaixador de França em Portugal e do Embaixador de Portugal em França, que acrescentaram uma mais-valia ao colóquio, não só pelas suas contribuições, mas certamente pelo impacto que os temas propostos no colóquio possam vir a ter nas medidas actuais sobre a emigração. 

O colóquio contou com a organização do Comité Aristides de Sousa Mendes e do RAHMI – Réseau aquitain pour l’histoire et la mémoire de l’immigration (Musée d’Aquitaine) em Bordéus, França e teve o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministère des Affaires Etrangères, Cité Nationale de l’histoire de l’immigration e Município de Fafe - Museu das Migrações e das Comunidades.

Mais informação aqui

3.11.12

Miguel Monteiro

Miguel Monteiro (10/01/1955 - 03/11/2009)

Partiu cedo demais. Como todos os homens de bem.

Miguel Teixeira Alves Monteiro nasceu em 10 de janeiro de 1955, em Vila Boa, S. Bartolomeu do Rego, Celorico de Basto. Concluiu a licenciatura História, em 1980, e fez o estágio profissional em exercício na Escola Preparatória Bocage, em Setúbal, entre 1981/1983. Pertenceu ao quadro de nomeação definitiva da escola EB 2/3 Professor Carlos Teixeira, Fafe, onde permaneceu até 3 de novembro de 2009, data em que faleceu. Paralelamente...

11.10.12

Gérald Bloncourt no Musée d'Aquitaine




Vendredi - 19 oct, 18h - place au Portugal

« Pour une vie meilleure »
Photographies de Gérald Bloncourt.

Vernissage de l’exposition en présence du photographe
En savoir plus

10.10.12

Bons baisers du Portugal - Musée d'Aquitaine



                                                              Photographie de  Gérald Bloncourt

Après la Turquie en 2009, l’Afrique en 2010, le musée d’Aquitaine, Alifs et le RAHMI poursuivent l’aventure des « Bons Baisers » en vous proposant cette année « Bons Baisers du Portugal ».

Cet évènement qui a pour cadre l’anniversaire du cinquantenaire de l’histoire de l’Immigration portugaise en France aura lieu les 19, 20 et 21 octobre 2012. Ces trois jours nous permettront donc de rencontrer des artistes, auteurs, conteurs, poètes, illustrateurs, musiciens, responsables associatifs locaux.

Faire découvrir la richesse de la production artistique et culturelle du Portugal dans toute sa diversité, telle est notre ambition de départ mais elle est enrichie cette année par la volonté de faire connaître l’histoire et la mémoire de l’Immigration en France et notamment en Gironde.

La manifestation « Bons Baisers du Portugal » entend donc contribuer autant que possible à la promotion et au rayonnement de l’histoire et de la mémoire de la population Portugaise en France depuis les années 50 au travers de la mise en avant des arts et de la culture de ce pays, à Bordeaux. Il s’agit pour nous à travers cette manifestation d’imprimer un label de qualité qui se distingue par son exigence, chaque année renouvelée, d’accueillir et de valoriser des artistes dont la démarche artistique contribue à forger la création contemporaine tant dans les arts de la scène, dans les arts visuels, dans la littérature que dans les sciences sociales.

10.9.12

This way only

Já aqui divulgamos o trabalho de Carlos No cuja temática versa frequentemente as migrações humanas e os seus contextos na atualidade.  Entre 12 e 16 de setembro o seu trabalho estará patente na Feira Internacional de Arte Contemporânea de Helsínquia, na Finlândia, no stand da Galeria Maaret Finnberg.




A obra de Carlos caracteriza-se essencialmente pela expressão de uma preocupação crítica face a temas relacionados com o desrespeito dos Direitos Humanos nomeadamente no que se refere a situações de injustiça, ausência de liberdade, exploração e abuso de Poder.


9.9.12

IV Encontro Luso-Brasileiro de Casas Museu


O Munícipio de Fafe foi recentemente convidado pela Fundação Casa de Rui Barbosa, para integrar o IV Encontro Luso Brasileiro de Museus Casas, que decorreu naquela instituição no passado mês de agosto, este ano subordinado ao tema “Revestimentos internos das casas do século XIX: Azulejo, estuque e pinturas artísticas”.

Em plenas comemorações do Ano de Portugal no Brasil / Brasil em Portugal este IV Encontro homenageou o Real Gabinete Português de Leitura pelos seus 175 anos de serviços de divulgação cultural, instituição com altíssimo prestígio e cuja fundação se deve aos portugueses que no início do século XIX se fixaram no Brasil.

Fafe esteve presente nesta instituição em agosto de 2006, no I Encontro Luso-Brasileiro de Museus Casas, no qual Miguel Monteiro apresentou a comunicação “Museu da Emigração e os ‘brasileiros’ do Rio: o público e o privado na construção da modernidade em Portugal”. Em 2012, no IV Encontro, tendo o Museu das Migrações e das Comunidades como elo de ligação, o Munícipio de Fafe esteve presente na mesa redonda “Intercâmbios luso-brasileiros”, na qual foi apresentado o trabalho e possibilidades de cooperação Portugal/Brasil em particular pela história inscrita nos percursos migratórios.
Isabel Alves, coordenadora do Museu das Migrações, apresentou a actual estrutura e o futuro deste Museu, inscrito na musealização das marcas nos territórios dos “brasileiros de torna viagem”. Estas inscrevem-se por todo o concelho, podendo a cidade assumir-se como uma cidade Museu, sob a perspectiva da emigração para o Brasil, pois também por todo o Brasil a presença portuguesa é marcante até à actualidade. Este trabalho estabelece ligações, cooperações e parcerias de trabalho em projectos culturais, científicos, turísticos e económicos, no domínio da instrução, da benemerência e filantropia, da indústria, das artes e da arquitectura, domínios de acção da emigração, quer no Brasil quer em Portugal.

O encontro reuniu inúmeros investigadores e especialistas de diversas áreas do Património e estiveram presentes dezenas de Museus do Brasil, entre os quais, a Casa da Marquesa dos Santos, Museu Casa de Quissamã, Museu de Arte de Belém (cuja curadora, presente no Encontro, é filha de um Fafense, natural de Pedraído), Museu da República, Palácio Itamaraty, Solar do Jambeiro, Museu Mariano Procópio, Palacete das Artes (Villa Catharino), Núcleo de Estudos de Migrações, Identidades e Cidadanias e Instituto Brasileiro de Museus, na pessoa de Mário Chagas.

De Portugal estiveram presentes o Museu das Migrações, o ICOM representado por Maria de Jesus Monge, também presidente do DEMHIST/ICOM e a Fundação Ricardo Espírito Santo, representada por Isabel Mendonça.

Dos diferentes painéis do programa foram apresentadas soluções para questões relacionadas com a preservação, estudo e comunicação nos/dos espaços museológicos, a publicar brevemente nas Actas do Encontro, e foram estabelecidas parcerias, protocolos e intercâmbios luso-brasileiros, que visam projectos conjuntos entre instituições dos dois países - universidades, museus, centros de investigação e fundações - tendo como referência os contextos culturais de Portugal e do Brasil.



A casa onde se encontra a Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, pertenceu ao fafense Comendador Albino de Oliveira Guimarães, e nos jardins da Casa encontra-se a placa evocativa desta ligação, oferecida no ano de 2008 pelo Munícipio de Fafe.

8.8.12

15.º Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes


Fafe recebeu no passado dia 3 o 15.º Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes, que se realizou nas cidades de Braga, Fafe, Guimarães e Vila Nova de Famalicão entre o dia 30 de Julho e 4 de agosto. O Encontro é organizado anualmente pela Coordenação das Colectividades Portuguesas em França (CCPF) e decorre sempre em diferentes distritos portugueses. O objectivo é reunir jovens de diferentes países europeus, para que possam partilhar as realidades associativas dos diferentes países de origem, e conhecer melhor o país de origem dos seus antepassados, as suas raízes.

Este é já o terceiro ano que o Município de Fafe colabora com a Coordenação das Colectividades Portuguesas em França na organização de um dia passado nesta cidade, na descoberta da história da emigração portuguesa, da cidade e das suas especificidades e da história que nos une.
O grupo que este ano descobriu Portugal, integrou jovens lusodescendentes de França, Estados Unidos da América, Haiti, Luxemburgo e Suécia. O programa do dia 3 incluiu uma especial visita ao Museu das Migrações e das Comunidades, ao Museu de Imprensa e um percurso pelo centro histórico de Fafe, terminando a manhã com uma visita ao belo Teatro Cinema, visita brindada com um inesperado momento musical de Adelino Sousa o animador cultural que acompanhou os jovens, radicado em França, e Débora Arruda, açoriana e professora de português em França, membro da CCPF.

A tarde iniciou na Sala Manoel de Oliveira com a Cerimónia Oficial de encerramento deste 15.º Encontro de Lusodescendentes, sessão que contou com a presença do Executivo do Município, com o responsável da Caixa de Crédito Agrícola, e com o Director Executivo da ADRAVE, que apoiaram a realização do encontro, assim como, com a participação de Marie-Hélène Euvrard, vice-presidente da CCPF.

Neste espaço decorreu ainda a exibição do documentário ‘Transbordados: de Arões para a Europa’ de Tiago Moreira, (produção ADISFAF) que inclui testemunhos de portugueses que partiram para França nos anos 60 e 70, assim como, a visão dos jovens que no presente se questionam perante a possibilidade de emigrar. A sessão foi seguida de uma tertúlia na qual se trocaram ideias sobre questões de identidade e de pertença. De assinalar que todos os jovens lusodescendentes do grupo falavam português e demonstravam uma enorme vontade de conhecer Portugal. Estes jovens tinham diferentes histórias de vida e diferentes contextos, pois os seus pais emigraram de diferentes pontos do país; uma das jovens é descendente de pais e avós maternos naturais de Silvares S. Martinho, Fafe.




O dia terminou com uma visita ao Museu do Moinho e do Povo de Aboim, seguida de uma visita e prova de vinhos à empresa “Vinhos Norte”. Um dia pleno de descobertas, encontros e partilhas.
 

O programa deste dia 3 contou com o apoio da ADISFAF, da ADRAVE, do Cineclube de Fafe, da Junta de Freguesia de Aboim, da Junta de Freguesia de Silvares S. Martinho e da empresa Vinhos Norte.

7.8.12

São férias




Atelier de expressão plástica no Museu.

2.8.12

15.º Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes

A Coordenação das Colectividades Portuguesas em França organiza todos os anos o Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes em Portugal. Este encontro tem como objectivo, reunir jovens de diferentes países europeus para que possam partilhar as realidades associativas nos diferentes países de origem. 

O programa do 15.º Encontro, que teve inicio no dia 30 de Julho, está a decorrer entre as cidades de Vila Nova de Famalicão, Braga e Guimarães, encerra amanhã, dia 3 de agosto na cidade de Fafe. Este é já o terceiro ano (http://www.ccpf.info/eejl_photos.html) que o Município de Fafe colabora com a Coordenação das Colectividades Portuguesas em França na organização de um dia passado nesta cidade, na descoberta da história da emigração portuguesa, da cidade e das suas especificidades e da história que nos une. 

O grupo que este ano descobre Portugal, integra jovens lusodescendentes de França, Estados Unidos da América, Itália, Luxemburgo e Suécia. O programa do dia 3 inclui uma especial visita ao Museu das Migrações e das Comunidades, ao Museu de Imprensa e um percurso pelo centro histórico de Fafe. A manhã termina com a visita ao belo Teatro Cinema. 

A tarde inicia na Sala Manoel de Oliveira com a exibição do documentário ‘Transbordados: de Arões para a Europa’ de Tiago Moreira, (produção ADISFAF) que inclui testemunhos de portugueses que partiram para França nos anos 60 e 70, assim como, a visão dos jovens que no presente se questionam perante a possibilidade de emigrar. A sessão será seguida de uma tertúlia com a presença de jovens locais e intervenientes no documentário. Sessão aberta ao público, com entrada gratuita.

Decorrerá também nesta sala a Cerimónia Oficial de encerramento do Encontro com a presença do Executivo do Município. Para terminar o dia será ainda realizada uma visita ao Museu do Moinho e do Povo de Aboim, seguida de uma visita à empresa “Vinhos Norte”. Ficará assim o dia pleno de descobertas, encontros e partilhas. 

O programa do dia 3 conta com o apoio da ADISFAF, da ADRAVE, do Cineclube de Fafe, da Junta de Freguesia de Aboim, da Junta de Freguesia de Silvares S. Martinho e da empresa Vinhos Norte, sem os quais o dia não seria certamente tão rico.

26.7.12

IV Encontro Luso-Brasileiro de Museus Casas


A Fundação Casa de Rui Barbosa está a promover, de 13 a 15 de agosto, o IV Encontro Luso-Brasileiro de Museus-Casas: Revestimentos internos das casas do século XIX, dedicado ao debate dos revestimentos arquitetônicos dos interiores, com destaque para o azulejo, o estuque e a pintura mural, e as relações entre a tradição portuguesa, com traços ocidentais e orientais, e sua aplicação no Brasil.

Por ocasião das comemorações do Ano de Portugal no Brasil e Ano do Brasil em Portugal (7/09/2012 – 10/06/2013), o IV Encontro presta homenagem ao Real Gabinete Português de Leitura, pelos seus 175 anos de serviços de divulgação cultural, e assinala a parceria que vem sendo desenvolvida entre a Fundação Casa de Rui Barbosa e as organizações portuguesas Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva (FRESS), Museu da Emigração e das Comunidades (MEC) e o ICOM Portugal.

8.5.12

Dia Internacional dos Museus

                                                                              Fotografia ©Naturfafe
Dia Internacional dos Museus no Município de Fafe
“Museus num mundo em mudança: novos desafios, novas inspirações”

No próximo dia 18 de Maio de 2012, será celebrado o 35º aniversário do Dia Internacional dos Museus, subordinado ao tema “Museus num mundo em mudança: novos desafios, novas inspirações”. Para evocar este dia todos os Museus do Município de Fafe terão entrada livre, visitas guiadas, exposições e oficinas temáticas.

Paralelamente serão realizadas campanhas de sensibilização junto das escolas, com a presença de um técnico, sensibilizando para a importância dos museus num mundo em mudança e para o usufruto e partilha do património. Inscrição prévia por parte das escolas.

O Museu Regional do Automóvel programou a actividade ‘Se eu sonhasse um carro seria… ‘– uma visita especial para um dia especial, prolongada com um ateliê de pintura e expressão plástica. (Marcação prévia)

No Museu Hidroeléctrico de Santa Rita é oferecida a oportunidade de participar numa ‘luminosa’ visita – ‘Há luz na Villa’ - concebida para dar a conhecer alguns pormenores históricos da chegada da luz eléctrica à Villa de Fafe no início do século XX. (Marcação prévia).

O Museu Regional da Imprensa apresenta a exposição ‘Século XIX – Século XX - A publicidade na imprensa local’ que retrata anúncios publicados na imprensa fafense na 1ª República. A exposição apresenta uma aproximação ao anúncio publicitário no quadro da imprensa local, na sua função publicitária, reflexo da cultura, da política, da economia e da sociedade da época. A exposição estará patente de 18 a 31 de maio, no horário do Museu, com o serviço de visitas guiadas, tendo como público-alvo privilegiado a comunidade educativa.

O Museu das Migrações e das Comunidades programou a actividade ‘Um passo em frente’, dinâmica que propõe a reflexão sobre a problemática da e/imigração de ontem e de hoje. O público-alvo privilegiado é a comunidade educativa. (Marcação prévia).

O programa termina às 21h30, na Sala Manoel de Oliveira com a exibição do documentário ´Transbordados: de Arões para a Europa’ de Tiago Moreira, que conta a história de homens e mulheres da Vila de Arões S. Romão que deram ‘o salto’ em busca de melhores condições de vida. São relatos contados na 1ª pessoa, sobre a emigração dos anos 60 e 70, complementados pela visão actual dos jovens sobre o tema. Documentário produzido pela ADISFAF (Associação para o Desenvolvimento e Inclusão Social de Fafe).

A sessão inicia às 21h30 com um espaço de sensibilização para a importância dos museus num mundo em mudança, seguido de um momento musical com Diana Baptista e Duarte Baptista. Terminará com uma tertúlia sobre e/imigração ontem e hoje, com a presença do realizador Tiago Moreira e de alguns dos intervenientes neste documentário.

Para além do Município de Fafe e da Naturfafe na programação geral, esta sessão em particular, conta com a parceria da ADISFAF, do Cineclube de Fafe e do Centro UNESCO - Memória e Identidade.

Mais informação e marcações para 253 490 908 | 253 493 311| geral@museu-emigrantes.org | naturfafe@naturfafe.pt

30.4.12

Fotografia e Investigação


No âmbito do Mestrado em Comunicação, Arte e Cultura terá lugar no próximo dia 2 de Maio, pelas 18 horas, no Auditório do Instituto da Educação, da Universidade do Minho mais uma sessão do Ciclo Percursos Profissionais na Área da Cultura.
O encontro, subordinado ao tema Fotografia e Investigação, contará com a participação de Álvaro Domingues, Professor da Faculdade de Arquitetura, da Universidade do Porto, e de Isabel Alves, responsável pelo Museu das Migrações e das Comunidades, de Fafe.

Mais informação aqui.

24.4.12

A emigração, a imprensa e a censura em Portugal


"A emigração vista por escritores portugueses: Quando os portugueses partiam a salto"

por Isabel Vieira – Universidade da Sorbonne, Paris

'O salto representou para muitos portugueses a única via possível para sair de Portugal salazarista e caetanista. "O salto" ou "passaporte de coelho" inspirou o cinema francês ("O salto" de Christian de Chalonge (1967), e documentários "Les gens do salto" de José Vieira.
A palavra "emigração" irritava a censura e qualquer referência ao fenómeno não era bem-vinda. Os escritores, que na maioria tinham simpatias à esquerda, eram homens a banir das linhas dos jornais. Escrever sobre a emigração e sobre "o salto" era arriscado, por esse motivo a literatura sobre "o salto" não se desenvolveu antes do 25 de Abril, excepto um romance de Nita Clímaco 'A salto' (1967) que foi autorizado. Esta situação permite uma interrogação sobre as condições da saída deste livro, enquanto outros textos como 'Histórias dramáticas da emigração' de Waldemar Monteiro ou 'Emigração: fatalidade irremediável' foram proibidos.

Sabendo que em Portugal a censura controlava a imprensa e que não eram bem-vindos temas como “emigração”, críticas ao sistema político, social ou económico do país, todos os artigos publicados ou livros que saíram nos anos 60 (auge da emigração clandestina) retiveram toda a nossa atenção aguçando a nossa curiosidade. A censura prévia amordaçava os jornais mas também os livros, inclusivamente, após estarem em exposição e à venda nas livrarias, desencadeando situações perversas, ambíguas, arbitrárias, incompreensíveis, ou mesmo surpreendentes, obrigando os escritores e jornalistas à auto-censura.

José Cardoso Pires denunciando a censura afirmou que ela “fez-nos viver num país alienado”, Maria Teresa Horta ficou “marcada para sempre” e Luiz Francisco Rebello foi “civilmente assassinado”. Para mais, Manuel Ramos, redactor do Jornal de Notícias responde à pergunta “A emigração também era tabu para Salazar?”

Só foi em período de liberdade que os romances com a temática da viagem clandestina além Pirenéus foram publicados: 'Os dramas da emigração clandestina' ficou numa gaveta (escrito em 1963) e saiu em 1975, 'Cinco dias, cinco noites', foi também redigido antes da revolução, mas publicado em 1975, e 'Eis uma história' data de 1992.'

(...)

Qual é a visão dos escritores? O que é que as obras desvendam? Poderá encontrar respostas a estas e outras questões sobre a literatura e os escritores antes da Revolução dos Cravos no texto integral aqui.

E aqui um extenso levantamento de 900 livros censurados pela polícia política durante o Estado Novo, do investigador José Brandão

5.4.12

Migrance 39 : Appel à communications "Immigration – Décolonisation, 1920-1970"

Afin de marquer le cinquantenaire de l’indépendance algérienne et la fin de l’aventure coloniale française, l’association Génériques souhaite consacrer un numéro de Migrance sur le thème «Immigration – Décolonisation».


Ce numéro s’intéressera au rôle joué par les communautés indigènes issues des colonies d’Asie, d’Afrique et du Maghreb basées en France dans la lutte anticoloniale entre les années 1920 et 1970.

Les chercheurs travaillant dans le domaine des sciences humaines et les sciences sociales sur des thématiques telles que décolonisation, nationalisme, diaspora, militantisme social et/ou politique… sont invités à soumettre un article en anglais ou en français (max. 20000 signes). Afin de souligner les traditions militantes d’engagement anticolonial des communautés indigènes en France avant les années 1940 et bien au-delà de l’année 1962, le secrétariat de rédaction de Migrance encourage particulièrement les articles traitant d’organisation nationales et transnationales (syndicats, partis politiques, ligues…) dans l’entre-deux-guerres et la période postcoloniale.

Les auteurs qui souhaitent publier un article sont priés de soumettre un résumé d’environ une demi-page avec leurs coordonnées à Louisa Zanoun à l’adresse l.zanoun@generiques.org avant le 15 avril 2012. Une réponse leur sera donnée avant le 3 mai. L’article terminé devra être envoyé avant le 10 juillet en vue d’une publication début septembre



3.4.12

Documento do mês

Fotografia Manuel Meira

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fafe foi fundada no dia 19 de Abril do ano de 1890. João Crisóstomo foi o seu principal fundador. Os primeiros estatutos, de 1891, vigoraram até ao ano de 1975.

Na imprensa local podemos encontrar múltiplas referências ao trabalho da Associação e aos actos de coragem e entrega dos Bombeiros Voluntários, assim como, ao seu fundador, em particular no Almanaque Ilustrado de Fafe (1909-2000), publicação anual fundada por Artur Pinto Bastos.

O Museu de Imprensa integra uma colecção de 1500 gravuras, matrizes únicas de admirável valor plástico e patrimonial, datadas de finais do século XIX até às últimas décadas do século XX. A técnica da gravura em metal começou a ser utilizada na Europa no século XV.

As matrizes podem ser feitas sobre placas de cobre, zinco ou latão, e gravadas com incisão directa ou pelo uso de banhos de ácido. As técnicas mais usuais são água-forte, água-tinta e ponta seca.

No presente ‘Documento do mês’ encontram-se em exposição duas gravuras em zinco, datadas de 1920 e de 1949, que foram utilizadas em posteriores edições anuais do Almanaque Ilustrado de Fafe, assim como, no Jornal ‘O Desforço’ na ilustração de notícias relativas aos Bombeiros Voluntários de Fafe.

28.3.12

Association of European Migration Institutions Annual Conference - Cracow 2012



CRACOW, POLAND
Thursday 27th – Saturday 29th September 2012

CALL FOR PAPERS


Themes:
1. How lessons from the past may help address questions related to migrations today.
Issues like integration, assimilation, segregation, multiculturalism, cultural pluralism, xenophobia and problems of the third generation immigrants were already discussed during time of the great migration by historians like Louis Adamic and Marcus Lee Hansen.
(- Adamic characterized pluralism not only by openness toward diverse groups but also by an understanding that full cultural citizenship depends upon vital connections: to an inclusive debate about policies affecting all peoples, to a dynamic, multiethnic American history, to labor movements and organizations, to local school systems.
- Lee Hansen´s problem of the third generation applies to the theory that derives from the almost universal phenomenon that what the son wishes to forget the grandson wishes to remember.)
Many scholars believe that Adamic´s works on cultural diversity in a multi-ethnic society are still important for the development of strategies in the area of cultural pluralism not only in the United States but also in Europe today.
What can the integration of European immigrants in the New World teach us about the migration challenge in Europe today?


2. Shaping Europe´s identity: Internal migrations - past and present.
Internal migrations involved about half or more of the total European populations by the middle of the 1800s, and transborder migrations was particularly high for Poles and Italians. The rebuilding of Europe after World War II, the creation, and later enlargements of EU, the Balkan wars, the dissolution of the Soviet Union, and the present global financial crisis, have in various ways established new forms of mobilities.
How have these changing migration patterns shaped Europe´s identity?


Workshops:
1. A book on Europe´s migratory history
2. European Migration Heritage Routes.
3. Migrapedia


to know more

23.3.12

Gérald Bloncourt - Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras


Gérald Bonclourt vai receber hoje, dia 23 de Março, a medalha de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras, atribuída pela câmara do 11.º bairro de Paris.

'Tem 85 anos e mantém o olhar comprometido com que enquadrou as mais de 200 mil fotografias arquivadas no seu escritório, em Paris: operários, emigrantes, pobres, bairros de lata, greves, miséria, preto e branco. «Denunciava toda a exploração, de todos os operários, de todas as mulheres, de todos os homens», conta.

Gérald Bloncourt é fotógrafo, poeta e pintor. Nasceu no Haiti. Depressa abraçou a arte e a revolução. Nunca mais largou nenhuma das duas. Em 1946 juntou-se à revolta de estudantes e jovens intelectuais que empurrou o Presidente Elie Lescot do poder. Um golpe militar expulsou-o para França. Aqui encontrou a fotografia.

Publicou sempre em jornais de esquerda, em vários títulos da imprensa francesa. Encontrou os portugueses por acaso, eram os anos de 1950.

«Encontrei na Torre Montparnasse, que estava a fotografar andar por andar, operários portugueses. Simpatizei com eles porque senti sempre muita amizade por Portugal. Quando era miúdo li sobre os grandes descobridores, fascinavam-me. Não percebia como é que aquelas pessoas, que tinham descoberto mundo, podiam viver debaixo de uma ditadura feroz», disse.

Bloncourt quis saber onde viviam: «Explicaram-me, deram-me moradas, bairro clandestino - bidonville - de Champigny», conta. Depressa passou a ser cara conhecida e a poder fotografar toda a gente.

«Depois de fazer diversas fotografias pensei: mas se vivem aqui nesta miséria, como será que é a vida em Portugal? E fui. Vi os bairros de Lisboa, fiz todos os percursos da emigração e descobri a realidade de Portugal e a polícia política, um terror», recordou.

Ficou agarrado à história. Voltou diversas vezes, atravessou os Pirenéus a pé com quem vinha a salto, voltou a Portugal no ano de 1974, depois da Revolução, no mesmo avião em que regressou Álvaro Cunhal. «Vivi, por mero acaso, a vida da emigração portuguesa», diz.

Há dois anos a história mandou-lhe um email. A célebre portuguesinha do bidonville, a menina de cinco ou seis anos, suja, de boneca na mão, no meio da lama do bairro de lata, escreveu-lhe. Gérald desconfiou mas confirmou. Era ela: «A fotografia foi publicada inúmeras vezes, foi o cartaz da exposição em Lisboa, em 2008. Hoje falamos ao telefone às vezes. Ela é parte da família», diz.

À distância de meio século, Bloncourt diz não ter dúvidas de que a França, «uma potência imperialista e colonialista, tratou mal todos os imigrantes». Os portugueses não foram excepção: «Eles até estavam mais fragilizados porque vinham a fugir a uma ditadura e à miséria. Não tinham alternativa. Calavam a boca. Foram sobre-explorados, claro. Mas foram ajudados pelos trabalhadores franceses. É preciso não confundir a França com o povo francês», acrescentou.

Olhando para hoje, o fotógrafo considera que não há retratos novos nesta nova crise, diz que os rostos são os mesmos: é ainda, sustenta, a mesma luta de classes e será assim «enquanto existir o regime capitalista».

«A única forma de isto mudar é repensar o mundo e viver de outra forma. E a isso chama-se revolução. Não é comunismo, é bater-se pelos direitos dos outros», defendeu.'

22.3.12

Miguel Monteiro - Exposição 'Fafe dos Brasileiros'

No âmbito das 3ªs Jornadas Literárias subordinadas ao tema ‘Fafe dos Brasileiros’, os Museus do Município de Fafe receberam no passado dia 17, a Escola de Bailado de Fafe, a Escola Profissional e a Escola Secundária , que apresentaram belíssimos espectáculos e performances, e foram visitados por um público vestido a rigor.

No Museu das Migrações estiveram alunos da Escola Secundária que representaram as personagens emblemáticas daqueles espaços – o emigrante ‘brasileiro de torna-viagem’ e a família de emigrantes que nos anos 60 emigra clandestinamente para França.



No Núcleo de Imprensa os visitantes foram recebidos pelo compositor tipográfico, pelo impressor e pelo ardina do início do século XX.

De seguida foi inaugurada a exposição ‘Fafe dos Brasileiros’, patente na Casa Municipal de Cultura, organizada pela Câmara Municipal de Fafe através do Museu das Migrações, a pedido da comissão organizadora das 3.ªs Jornadas Literárias, para homenagear o investigador e historiador Miguel Monteiro.

A exposição integra espólio documental, manuscritos, fotos e objectos pessoais daquele que foi o autor da designação ‘Fafe dos Brasileiros’ e mentor do Museu das Migrações. A exposição apresenta uma leitura do percurso e do reconhecimento do historiador, no domínio científico, que veio a concretizar-se também no projecto deste Museu.


A exposição apresenta ainda um conjunto de retratos a óleo, representando os fafenses ‘brasileiros de torna-viagem’, que edificaram a Villa de Fafe em finais do século XIX e inícios do século XX. Os retratos a óleo são da autoria de Luís Gonzaga e integram o acervo de arte do Município de Fafe.



A inauguração contou com o trabalho da Escola de Bailado de Fafe que apresentou um belo espectáculo assente na interpretação do espaço museológico e expositivo.
Poderá visitar a exposição até ao dia 31 de março.


Fotografia - Manuel Meira, Isabel Alves

5.3.12

III Jornadas Literárias de Fafe

3.ª edição das Jornadas Literárias de Fafe

A iniciativa resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Fafe e todos os estabelecimentos de ensino e agrupamentos escolares do Concelho, assim como, associações e juntas de freguesia.


As III Jornadas Literárias têm como tema envolvente “As palavras e o tempo” e como subtema a epígrafe “Fafe dos brasileiros”.


Pode consultar o programa no endereço http://www.jornadasliterariasdefafe.com/

23.2.12

Gérald Bloncourt - Chevalier des Arts et des Lettres

Le vendredi 23 Mars à 19 heures 30 sera remis à Gérald BLONCOURT la médaile de Chevalier des Arts et des Lettres à la mairie du XIe arrondissement de Paris Place Léon Blum par Monsieur Patrick ZAMPA, ancien directeur général du Conservatoire Libre du Cinéma Français, en présence de monsieur Patrick BLOCH, maire du XIe et député de Paris.


Gérald Bloncourt - en savoir + ici

22.2.12

Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa

'A COTEC Portugal deu, na semana passada, início formal ao lançamento do período de candidaturas ao Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, que termina a 26 de março. Este Prémio é uma iniciativa da COTEC Portugal, com o Alto Patrocínio do Presidente da República, que pretende distinguir os Portugueses que, pela sua ação empreendedora e inovadora, se notabilizaram fora de Portugal nas suas respetivas atividades empresariais, mas também a nível social ou cultural.


Este Prémio tem contribuído para fortalecer a ligação dos Portugueses ao seu país de origem, mas também tem permitido reforçar a imagem e prestígio de Portugal no estrangeiro. Por acréscimo, pretende-se que tenha reflexos na internacionalização da economia e na atração de investimento, mas também no aspeto da valorização da língua e da cultura nacional. O Prémio Diáspora já deu a conhecer, ao longo destes cinco anos, importantes personalidades que se afirmaram nos meios empresariais, sociais e políticos, em sociedades de acolhimento da mais elevada exigência, como Austrália, EUA ou França.


António Frias, Presidente da S&F Concrete, e João Mena de Matos, cofundador e CEO do European Design Centre, foram os vencedores da edição de 2011 do Prémio, que reuniu um número recorde de candidaturas: 112. Os candidatos da edição passada são oriundos de 30 países, onde se destaca a participação, pela primeira vez, de candidatos da África do Sul, do México e de Singapura. Já em edições anteriores venceu Isidore Fartaria, empresário português em Clermont-Ferrand e Presidente da CCI do Puy-de-Dôme.


Tradicionalmente, este Prémio regista uma maior participação das Comunidades portuguesas no Brasil, Canadá, Estados Unidos e França. Desde sempre, os setores mais representados são o financeiro, com 28% das candidaturas, seguido da restauração/ turismo, com 15% de candidatos, e a investigação e ciência, com 12%.


O evento de entrega do Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa encontra-se, desde a sua primeira edição, inserido nas Comemorações do Dia de Camões, Portugal e das Comunidades Portuguesas e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República.

(...)

Os interessados podem obter mais informação sobre regulamento e condições de candidatura ao Prémio Diáspora em: www.cotec.pt/diaspora'
in Lusojornal

10.2.12

Contos do Portugal Rural / Tales of Rural Portugal

Em notícia a nova edição de Isabel Mateus, autora do livro “A Terra do Chiculate”, cujo lançamento promovemos em Agosto de 2011.
Contos do Portugal Rural / Tales of Rural Portugal - Primeiro volume da colecção bilingue "Portuguese Insights"

"As histórias, cuja ação se desenrola na aldeia da Granja ou nas suas imediações, foram escolhidas por causa da visão privilegiada que oferecem acerca do modo de vida do Portugal rural, durante e após o Estado Novo, e enfoque dado ao papel e ao estatuto da mulher numa sociedade assente sob o modelo institucional do patriarcado.

Apenas duas das histórias incluídas nesta compilação narram a vida de protagonistas masculinos. Mas o seu papel adquire a mesma importância por aquilo que revelam da constante adversidade da vida rural, das resoluções tomadas para combater a pobreza endémica inerente ao meio ou as respostas individuais adotadas face à mudança social.

Estas histórias são indiscutivelmente interessantes sob uma perspetiva histórica e quase etnográfica ou podem ser meramente apreciadas como a saga de mulheres e de homens que, mesmo forçados a enfrentar constantemente o meio inóspito que os rodeia, levam a melhor face à adversidade.

Não obstante as referências esporádicas a acontecimentos históricos, todas estes seres carregam consigo a intemporalidade, que talvez se deva à constante ênfase posta na eternidade dos valores humanos, entre os quais poderemos destacar o dualismo amor e perda, nascimento e morte, ganância e generosidade, bem como o abraçar da responsabilização social e da entreajuda, a importância concedida à família – tanto chegada como afastada – a lealdade, a capacidade de confiar em si mesmo e a boa qualidade de permanecer fiel a si próprio."
Mais informação no site da escritora.