O protocolo foi assinado na Casa da Cultura de Fafe, pelo presidente da câmara, José Ribeiro, e pelo secretário de Estado da Emigração e das Comunidades, José de Almeida Cesário, que aproveitou para visitar o acervo histórico existente." in Correio do Minho +
29.12.12
Protocolo de colaboração com a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas
O protocolo foi assinado na Casa da Cultura de Fafe, pelo presidente da câmara, José Ribeiro, e pelo secretário de Estado da Emigração e das Comunidades, José de Almeida Cesário, que aproveitou para visitar o acervo histórico existente." in Correio do Minho +
28.12.12
Protocolo de colaboração com a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas
20.12.12
Boas Festas
We wish you a Merry Christmas and a Happy New Year.
Geseënde Kersfees en 'n voorspoedige Nuwe jaar Geseënde Kersfees en 'n gelukkige nuwe jaar Gëzuar Krishtlindjet e Vitin e Ri E güeti Wïnâchte un e gleckichs Nej Johr Gozhqq Keshmish መልካም ገና (Melkam Gena) - Merry Christmas - celebrated on 7th January መልካም አዲስ አመት (Melkam Addis Amet) - Happy New Year - celebrated on 11th September Gozhqq Keshmish Շնորհավոր Ամանոր և Սուրբ Ծնունդ (Shnorhavor Amanor yev Surb Tznund) Bones Navidaes y Gayoleru añu nuevu! Sooma Nawira-ra З Божым нараджэннем (Z Bozym naradzenniem) Шчаслівых Калядау (Szczaslivych Kaliadau) З Новым годам i Калядамi (Z Novym godam i Kaliadami) Zorionak eta urte berri on শুভ বড়দিন (shubho bôṛodin) শুভ নববর্ষ (shubho nôbobôrsho) Asgwas amegas (Happy New Year) Sretan Bozic i sretna nova godina Честита Коледа (Čestita Koleda) Весела Коледа (Vesela Koleda) Щастлива Нова Година (Štastliva Nova Godina) Честита нова година (Čestita nova godina) Bon Nadal i feliç any nou ᏓᏂᏍᏔᏲᎯᎲ & ᎠᎵᎮᎵᏍᏗ ᎢᏤ ᎤᏕᏘᏴᎠᏌᏗᏒ (Danistayohihv & Aliheli'sdi Itse Udetiyvasadisv) 聖誕節同新年快樂 (singdaanjit tùhng sànnìhn faailohk) 恭喜發財 (gùng héi faat chōi) - used at Chinese New Year 聖誕快樂 新年快樂 [圣诞快乐 新年快乐] (shèngdàn kuàilè xīnnián kuàilè) 恭喜發財 [恭喜发财] (gōngxǐ fācái) - used at Chinese New Year Tsaa Nu̶u̶sukatu̶̲ Waa Himaru̶ Sretan Božić! Sretna Nova godina! Glædelig jul og godt nytår Veselé vánoce a šťastný nový rok Prettige kerstdagen en een Gelukkig Nieuwjaar! Zalig kerstfeest en Gelukkig Nieuwjaar Ĝojan Kristnaskon kaj feliĉan novan jaron Bonan Kristnaskon kaj feliĉan novan jaron Rõõmsaid Jõule ja Head Uut Aastat Häid Jõule ja Head Uut Aastat Zalig Kerstfeest en Gelukkig Nieuwjaar Joyeux Noël et bonne année Bo Nadal e próspero aninovo გილოცავთ შობა-ახალ წელს (gilocavth shoba-akhal c’els) - frm გილოცავ შობა-ახალ წელს (gilocav shoba-akhal c’els) - inf Frohe/Fröhliche Weihnachten und ein gutes neues Jahr / ein gutes Neues / und ein gesundes neues Jahr / und einen guten Rutsch ins neue Jahr Frohes Fest und guten Rutsch [ins neue Jahr] Καλά Χριστούγεννα! (Kalá hristúyenna) Ευτυχισμένο το Νέο Έτος! (Eftyhisméno to Néo Étos!) Καλή χρονιά! (Kalí hroñá) Gleðileg jól og farsælt komandi ár Gleðileg jól og farsælt nýtt ár Nollaig shona duit/daoibh (Happy Christmas to you) Beannachtaí na Nollag (Christmas Greetings) Beannachtaí an tSéasúir (Season's Greetings) Athbhliain faoi mhaise duit/daoibh (Prosperous New Year) Bliain úr faoi shéan is faoi mhaise duit/daoibh (Happy New Year to you) Buon Natale e felice anno nuovo メリークリスマス (merī kurisumasu) New Year greeting - 'Western' style 新年おめでとうございます (shinnen omedetō gozaimasu) New Year greetings - Japanese style 明けましておめでとうございます (akemashite omedetō gozaimasu) 旧年中大変お世話になりました (kyūnenjū taihen osewa ni narimashita) 本年もよろしくお願いいたします (honnen mo yoroshiku onegai itashimasu) Noel alegre i felis anyo muevo Kirîsmes u ser sala we pîroz be Bon natal e anio nova felis Natal joios e bon anio nova Priecīgus Ziemassvētkus un laimīgu Jauno gadu Natale hilare et annum faustum E schéine Chrëschtdag an e glécklecht neit Joer Schéi Feierdeeg an e glécklecht neit Joer Schéi Chrëschtdeeg an e gudde Rutsch an d'neit Joer Il-Milied Ħieni u s-Sena t-Tajba Awguri għas-sena l-ġdida Nizhonigo Keshmish Baahózhó Doo Nínanahí Glæd Geol and Gesælig Niw Gear Feliz Natal e próspero ano novo / Feliz Ano Novo Boas Festas e Feliz Ano Novo / Um Santo e Feliz Natal Alassëa Hristomerendë! Alassëa Vinyarië! Crăciun fericit şi un An Nou Fericit Krismasi Njema / Heri ya krismas Heri ya mwaka mpya God jul och gott nytt år Веселого Різдва і з Новим Роком (Veseloho Rizdva i z Novym Rokom)
9.12.12
Fronteiras e Mobilidades na Península Ibérica, Séc. XX
30.11.12
Na fronteira entre a memória e a esperança
23.11.12
22.11.12
Immigration portugaise des années 1960 vers la France et l’Europe
Mais informação aqui
14.11.12
3.11.12
Miguel Monteiro
11.10.12
Gérald Bloncourt no Musée d'Aquitaine
« Pour une vie meilleure »
Photographies de Gérald Bloncourt.
Vernissage de l’exposition en présence du photographe
En savoir plus
10.10.12
Bons baisers du Portugal - Musée d'Aquitaine
10.9.12
This way only
9.9.12
IV Encontro Luso-Brasileiro de Casas Museu
8.8.12
15.º Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes
A tarde iniciou na Sala Manoel de Oliveira com a Cerimónia Oficial de encerramento deste 15.º Encontro de Lusodescendentes, sessão que contou com a presença do Executivo do Município, com o responsável da Caixa de Crédito Agrícola, e com o Director Executivo da ADRAVE, que apoiaram a realização do encontro, assim como, com a participação de Marie-Hélène Euvrard, vice-presidente da CCPF.
7.8.12
2.8.12
15.º Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes
26.7.12
IV Encontro Luso-Brasileiro de Museus Casas
8.5.12
Dia Internacional dos Museus
30.4.12
Fotografia e Investigação
O encontro, subordinado ao tema Fotografia e Investigação, contará com a participação de Álvaro Domingues, Professor da Faculdade de Arquitetura, da Universidade do Porto, e de Isabel Alves, responsável pelo Museu das Migrações e das Comunidades, de Fafe.
Mais informação aqui.
24.4.12
A emigração, a imprensa e a censura em Portugal
"A emigração vista por escritores portugueses: Quando os portugueses partiam a salto"
'O salto representou para muitos portugueses a única via possível para sair de Portugal salazarista e caetanista. "O salto" ou "passaporte de coelho" inspirou o cinema francês ("O salto" de Christian de Chalonge (1967), e documentários "Les gens do salto" de José Vieira.
A palavra "emigração" irritava a censura e qualquer referência ao fenómeno não era bem-vinda. Os escritores, que na maioria tinham simpatias à esquerda, eram homens a banir das linhas dos jornais. Escrever sobre a emigração e sobre "o salto" era arriscado, por esse motivo a literatura sobre "o salto" não se desenvolveu antes do 25 de Abril, excepto um romance de Nita Clímaco 'A salto' (1967) que foi autorizado. Esta situação permite uma interrogação sobre as condições da saída deste livro, enquanto outros textos como 'Histórias dramáticas da emigração' de Waldemar Monteiro ou 'Emigração: fatalidade irremediável' foram proibidos.
Sabendo que em Portugal a censura controlava a imprensa e que não eram bem-vindos temas como “emigração”, críticas ao sistema político, social ou económico do país, todos os artigos publicados ou livros que saíram nos anos 60 (auge da emigração clandestina) retiveram toda a nossa atenção aguçando a nossa curiosidade. A censura prévia amordaçava os jornais mas também os livros, inclusivamente, após estarem em exposição e à venda nas livrarias, desencadeando situações perversas, ambíguas, arbitrárias, incompreensíveis, ou mesmo surpreendentes, obrigando os escritores e jornalistas à auto-censura.
José Cardoso Pires denunciando a censura afirmou que ela “fez-nos viver num país alienado”, Maria Teresa Horta ficou “marcada para sempre” e Luiz Francisco Rebello foi “civilmente assassinado”. Para mais, Manuel Ramos, redactor do Jornal de Notícias responde à pergunta “A emigração também era tabu para Salazar?”
Só foi em período de liberdade que os romances com a temática da viagem clandestina além Pirenéus foram publicados: 'Os dramas da emigração clandestina' ficou numa gaveta (escrito em 1963) e saiu em 1975, 'Cinco dias, cinco noites', foi também redigido antes da revolução, mas publicado em 1975, e 'Eis uma história' data de 1992.'
(...)
Qual é a visão dos escritores? O que é que as obras desvendam? Poderá encontrar respostas a estas e outras questões sobre a literatura e os escritores antes da Revolução dos Cravos no texto integral aqui.
E aqui um extenso levantamento de 900 livros censurados pela polícia política durante o Estado Novo, do investigador José Brandão
5.4.12
Migrance 39 : Appel à communications "Immigration – Décolonisation, 1920-1970"
Les chercheurs travaillant dans le domaine des sciences humaines et les sciences sociales sur des thématiques telles que décolonisation, nationalisme, diaspora, militantisme social et/ou politique… sont invités à soumettre un article en anglais ou en français (max. 20000 signes). Afin de souligner les traditions militantes d’engagement anticolonial des communautés indigènes en France avant les années 1940 et bien au-delà de l’année 1962, le secrétariat de rédaction de Migrance encourage particulièrement les articles traitant d’organisation nationales et transnationales (syndicats, partis politiques, ligues…) dans l’entre-deux-guerres et la période postcoloniale.
Les auteurs qui souhaitent publier un article sont priés de soumettre un résumé d’environ une demi-page avec leurs coordonnées à Louisa Zanoun à l’adresse l.zanoun@generiques.org avant le 15 avril 2012. Une réponse leur sera donnée avant le 3 mai. L’article terminé devra être envoyé avant le 10 juillet en vue d’une publication début septembre
http://www.generiques.org/actu.php?id=581
3.4.12
Documento do mês
28.3.12
Association of European Migration Institutions Annual Conference - Cracow 2012
Thursday 27th – Saturday 29th September 2012
Themes:
1. How lessons from the past may help address questions related to migrations today.
Issues like integration, assimilation, segregation, multiculturalism, cultural pluralism, xenophobia and problems of the third generation immigrants were already discussed during time of the great migration by historians like Louis Adamic and Marcus Lee Hansen.
(- Adamic characterized pluralism not only by openness toward diverse groups but also by an understanding that full cultural citizenship depends upon vital connections: to an inclusive debate about policies affecting all peoples, to a dynamic, multiethnic American history, to labor movements and organizations, to local school systems.
- Lee Hansen´s problem of the third generation applies to the theory that derives from the almost universal phenomenon that what the son wishes to forget the grandson wishes to remember.)
Many scholars believe that Adamic´s works on cultural diversity in a multi-ethnic society are still important for the development of strategies in the area of cultural pluralism not only in the United States but also in Europe today.
What can the integration of European immigrants in the New World teach us about the migration challenge in Europe today?
2. Shaping Europe´s identity: Internal migrations - past and present.
Internal migrations involved about half or more of the total European populations by the middle of the 1800s, and transborder migrations was particularly high for Poles and Italians. The rebuilding of Europe after World War II, the creation, and later enlargements of EU, the Balkan wars, the dissolution of the Soviet Union, and the present global financial crisis, have in various ways established new forms of mobilities.
How have these changing migration patterns shaped Europe´s identity?
Workshops:
1. A book on Europe´s migratory history
2. European Migration Heritage Routes.
3. Migrapedia
to know more
23.3.12
Gérald Bloncourt - Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras
Gérald Bonclourt vai receber hoje, dia 23 de Março, a medalha de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras, atribuída pela câmara do 11.º bairro de Paris.
'Tem 85 anos e mantém o olhar comprometido com que enquadrou as mais de 200 mil fotografias arquivadas no seu escritório, em Paris: operários, emigrantes, pobres, bairros de lata, greves, miséria, preto e branco. «Denunciava toda a exploração, de todos os operários, de todas as mulheres, de todos os homens», conta.
Gérald Bloncourt é fotógrafo, poeta e pintor. Nasceu no Haiti. Depressa abraçou a arte e a revolução. Nunca mais largou nenhuma das duas. Em 1946 juntou-se à revolta de estudantes e jovens intelectuais que empurrou o Presidente Elie Lescot do poder. Um golpe militar expulsou-o para França. Aqui encontrou a fotografia.
Publicou sempre em jornais de esquerda, em vários títulos da imprensa francesa. Encontrou os portugueses por acaso, eram os anos de 1950.
«Encontrei na Torre Montparnasse, que estava a fotografar andar por andar, operários portugueses. Simpatizei com eles porque senti sempre muita amizade por Portugal. Quando era miúdo li sobre os grandes descobridores, fascinavam-me. Não percebia como é que aquelas pessoas, que tinham descoberto mundo, podiam viver debaixo de uma ditadura feroz», disse.
Bloncourt quis saber onde viviam: «Explicaram-me, deram-me moradas, bairro clandestino - bidonville - de Champigny», conta. Depressa passou a ser cara conhecida e a poder fotografar toda a gente.
«Depois de fazer diversas fotografias pensei: mas se vivem aqui nesta miséria, como será que é a vida em Portugal? E fui. Vi os bairros de Lisboa, fiz todos os percursos da emigração e descobri a realidade de Portugal e a polícia política, um terror», recordou.
Ficou agarrado à história. Voltou diversas vezes, atravessou os Pirenéus a pé com quem vinha a salto, voltou a Portugal no ano de 1974, depois da Revolução, no mesmo avião em que regressou Álvaro Cunhal. «Vivi, por mero acaso, a vida da emigração portuguesa», diz.
Há dois anos a história mandou-lhe um email. A célebre portuguesinha do bidonville, a menina de cinco ou seis anos, suja, de boneca na mão, no meio da lama do bairro de lata, escreveu-lhe. Gérald desconfiou mas confirmou. Era ela: «A fotografia foi publicada inúmeras vezes, foi o cartaz da exposição em Lisboa, em 2008. Hoje falamos ao telefone às vezes. Ela é parte da família», diz.
À distância de meio século, Bloncourt diz não ter dúvidas de que a França, «uma potência imperialista e colonialista, tratou mal todos os imigrantes». Os portugueses não foram excepção: «Eles até estavam mais fragilizados porque vinham a fugir a uma ditadura e à miséria. Não tinham alternativa. Calavam a boca. Foram sobre-explorados, claro. Mas foram ajudados pelos trabalhadores franceses. É preciso não confundir a França com o povo francês», acrescentou.
Olhando para hoje, o fotógrafo considera que não há retratos novos nesta nova crise, diz que os rostos são os mesmos: é ainda, sustenta, a mesma luta de classes e será assim «enquanto existir o regime capitalista».
«A única forma de isto mudar é repensar o mundo e viver de outra forma. E a isso chama-se revolução. Não é comunismo, é bater-se pelos direitos dos outros», defendeu.'
22.3.12
Miguel Monteiro - Exposição 'Fafe dos Brasileiros'
No Museu das Migrações estiveram alunos da Escola Secundária que representaram as personagens emblemáticas daqueles espaços – o emigrante ‘brasileiro de torna-viagem’ e a família de emigrantes que nos anos 60 emigra clandestinamente para França.
No Núcleo de Imprensa os visitantes foram recebidos pelo compositor tipográfico, pelo impressor e pelo ardina do início do século XX.
De seguida foi inaugurada a exposição ‘Fafe dos Brasileiros’, patente na Casa Municipal de Cultura, organizada pela Câmara Municipal de Fafe através do Museu das Migrações, a pedido da comissão organizadora das 3.ªs Jornadas Literárias, para homenagear o investigador e historiador Miguel Monteiro.
A inauguração contou com o trabalho da Escola de Bailado de Fafe que apresentou um belo espectáculo assente na interpretação do espaço museológico e expositivo.
Poderá visitar a exposição até ao dia 31 de março.
Fotografia - Manuel Meira, Isabel Alves
5.3.12
III Jornadas Literárias de Fafe
23.2.12
Gérald Bloncourt - Chevalier des Arts et des Lettres
22.2.12
Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa
Este Prémio tem contribuído para fortalecer a ligação dos Portugueses ao seu país de origem, mas também tem permitido reforçar a imagem e prestígio de Portugal no estrangeiro. Por acréscimo, pretende-se que tenha reflexos na internacionalização da economia e na atração de investimento, mas também no aspeto da valorização da língua e da cultura nacional. O Prémio Diáspora já deu a conhecer, ao longo destes cinco anos, importantes personalidades que se afirmaram nos meios empresariais, sociais e políticos, em sociedades de acolhimento da mais elevada exigência, como Austrália, EUA ou França.
in Lusojornal
10.2.12
Contos do Portugal Rural / Tales of Rural Portugal
Contos do Portugal Rural / Tales of Rural Portugal - Primeiro volume da colecção bilingue "Portuguese Insights"
"As histórias, cuja ação se desenrola na aldeia da Granja ou nas suas imediações, foram escolhidas por causa da visão privilegiada que oferecem acerca do modo de vida do Portugal rural, durante e após o Estado Novo, e enfoque dado ao papel e ao estatuto da mulher numa sociedade assente sob o modelo institucional do patriarcado.
Apenas duas das histórias incluídas nesta compilação narram a vida de protagonistas masculinos. Mas o seu papel adquire a mesma importância por aquilo que revelam da constante adversidade da vida rural, das resoluções tomadas para combater a pobreza endémica inerente ao meio ou as respostas individuais adotadas face à mudança social.
Estas histórias são indiscutivelmente interessantes sob uma perspetiva histórica e quase etnográfica ou podem ser meramente apreciadas como a saga de mulheres e de homens que, mesmo forçados a enfrentar constantemente o meio inóspito que os rodeia, levam a melhor face à adversidade.
Não obstante as referências esporádicas a acontecimentos históricos, todas estes seres carregam consigo a intemporalidade, que talvez se deva à constante ênfase posta na eternidade dos valores humanos, entre os quais poderemos destacar o dualismo amor e perda, nascimento e morte, ganância e generosidade, bem como o abraçar da responsabilização social e da entreajuda, a importância concedida à família – tanto chegada como afastada – a lealdade, a capacidade de confiar em si mesmo e a boa qualidade de permanecer fiel a si próprio."
Mais informação no site da escritora.