24.12.11

Merry Christmas all over the world

We wish you a Merry Christmas and a Happy New Year.
Geseënde Kersfees en 'n voorspoedige Nuwe jaar
Geseënde Kersfees en 'n gelukkige nuwe jaar
Gëzuar Krishtlindjet e Vitin e Ri
E güeti Wïnâchte un e gleckichs Nej Johr
Gozhqq Keshmish
መልካም ገና (Melkam Gena) - Merry Christmas
- celebrated on 7th January
መልካም አዲስ አመት (Melkam Addis Amet) - Happy New Year
- celebrated on 11th September
Gozhqq Keshmish
Շնորհավոր Ամանոր և Սուրբ Ծնունդ
(Shnorhavor Amanor yev Surb Tznund)
Bones Navidaes y Gayoleru añu nuevu!
Sooma Nawira-ra
З Божым нараджэннем (Z Bozym naradzenniem)
Шчаслівых Калядау (Szczaslivych Kaliadau)
З Новым годам i Калядамi (Z Novym godam i Kaliadami)
Zorionak eta urte berri on
শুভ বড়দিন (shubho bôṛodin)
শুভ নববর্ষ (shubho nôbobôrsho)
Asgwas amegas (Happy New Year)
Sretan Bozic i sretna nova godina
Честита Коледа (Čestita Koleda)
Весела Коледа (Vesela Koleda)
Щастлива Нова Година (Štastliva Nova Godina)
Честита нова година (Čestita nova godina)
Bon Nadal i feliç any nou
ᏓᏂᏍᏔᏲᎯᎲ & ᎠᎵᎮᎵᏍᏗ ᎢᏤ ᎤᏕᏘᏴᎠᏌᏗᏒ
(Danistayohihv & Aliheli'sdi Itse Udetiyvasadisv)
聖誕節同新年快樂 (singdaanjit tùhng sànnìhn faailohk)
恭喜發財 (gùng héi faat chōi) - used at Chinese New Year
聖誕快樂 新年快樂 [圣诞快乐 新年快乐]
(shèngdàn kuàilè xīnnián kuàilè)
恭喜發財 [恭喜发财] (gōngxǐ fācái) - used at Chinese New Year
Tsaa Nu̶u̶sukatu̶̲ Waa Himaru̶
Sretan Božić!
Sretna Nova godina!
Glædelig jul og godt nytår
Veselé vánoce a šťastný nový rok
Prettige kerstdagen en een Gelukkig Nieuwjaar!
Zalig kerstfeest en Gelukkig Nieuwjaar
Ĝojan Kristnaskon kaj feliĉan novan jaron
Bonan Kristnaskon kaj feliĉan novan jaron
Rõõmsaid Jõule ja Head Uut Aastat
Häid Jõule ja Head Uut Aastat
Zalig Kerstfeest en Gelukkig Nieuwjaar
Joyeux Noël et bonne année
Bo Nadal e próspero aninovo
გილოცავთ შობა-ახალ წელს (gilocavth shoba-akhal c’els) - frm
გილოცავ შობა-ახალ წელს (gilocav shoba-akhal c’els) - inf
Frohe/Fröhliche Weihnachten
und ein gutes neues Jahr / ein gutes Neues / und ein gesundes neues Jahr / und einen guten Rutsch ins neue Jahr
Frohes Fest und guten Rutsch [ins neue Jahr]
Καλά Χριστούγεννα! (Kalá hristúyenna)
Ευτυχισμένο το Νέο Έτος! (Eftyhisméno to Néo Étos!)
Καλή χρονιά! (Kalí hroñá)
Gleðileg jól og farsælt komandi ár
Gleðileg jól og farsælt nýtt ár
Nollaig shona duit/daoibh (Happy Christmas to you)
Beannachtaí na Nollag (Christmas Greetings)
Beannachtaí an tSéasúir (Season's Greetings)
Athbhliain faoi mhaise duit/daoibh (Prosperous New Year)
Bliain úr faoi shéan is faoi mhaise duit/daoibh (Happy New Year to you)
Buon Natale e felice anno nuovo
メリークリスマス (merī kurisumasu)
New Year greeting - 'Western' style
新年おめでとうございます (shinnen omedetō gozaimasu)
New Year greetings - Japanese style
明けましておめでとうございます (akemashite omedetō gozaimasu)
旧年中大変お世話になりました (kyūnenjū taihen osewa ni narimashita)
本年もよろしくお願いいたします (honnen mo yoroshiku onegai itashimasu)
Noel alegre i felis anyo muevo
Kirîsmes u ser sala we pîroz be
Bon natal e anio nova felis
Natal joios e bon anio nova
Priecīgus Ziemassvētkus un laimīgu Jauno gadu
Natale hilare et annum faustum
E schéine Chrëschtdag an e glécklecht neit Joer
Schéi Feierdeeg an e glécklecht neit Joer
Schéi Chrëschtdeeg an e gudde Rutsch an d'neit Joer
Il-Milied Ħieni u s-Sena t-Tajba
Awguri għas-sena l-ġdida
Nizhonigo Keshmish Baahózhó Doo Nínanahí
Glæd Geol and Gesælig Niw Gear
Feliz Natal e próspero ano novo / Feliz Ano Novo
Boas Festas e Feliz Ano Novo / Um Santo e Feliz Natal
Alassëa Hristomerendë! Alassëa Vinyarië!
Crăciun fericit şi un An Nou Fericit
Krismasi Njema / Heri ya krismas
Heri ya mwaka mpya
God jul och gott nytt år
Веселого Різдва і з Новим Роком
(Veseloho Rizdva i z Novym Rokom)

7.12.11

Cinquentenário da Emigração Portuguesa para França

EMIGRAÇÃO: UM DESTINO INEVITÁVEL

Depois de Viana do Castelo e Fafe, as Comemorações do Cinquentenário da Emigração Portuguesa para França - 1961-2011 agora em Melgaço.
Aqui o Programa.

2.12.11

D'abalada





Estreou no passado dia 30 de Novembro a peça de teatro 'D’abalada', no Teatro Municipal da Guarda, da autoria de Projéc~ / Terra na Boca, com a colaboração do fotógrafo Gerald Bloncourt.

D’abalada é um espectáculo sobre a odisseia da emigração portuguesa dos anos 60 para França. O pretendido é evocar os fantasmas de uma das mais marcantes e esquecidas aventuras portuguesas do século XX.


Em cena até dia 3 de Dezembro

29.11.11

'Petite Portugaise'

"Nos anos 60, Gérald Bloncourt fotografou uma criança portuguesa num bidonville em Paris, os bairros de lata construídos pelos emigrantes. A imagem haveria de se tornar num ícone da emigração portuguesa, mas o fotógrafo haitiano só este ano descobriu a sua identidade. Maria da Conceição Tina foi conhecê-lo a Paris e descobriu-se a si própria." in PUBLICO

28.11.11

Cinquentenário da Emigração Portuguesa para França em Viana do Castelo



A exposição da colecção de fotografia de Gérald Bloncourt, do Museu das Migrações, patente em Viana do Castelo para as Comemorações do Cinquentenário da Emigração Portuguesa para França. Os dicos de vinil, os documentos oficiais de emigração do Arquivo Municipal de Viana e a mala de cartão cedida pelo Museu Memória e Fronteira, de Melgaço - em parceria foi possível reconstituir o percurso temporal e histórico deste ciclo de emigração.




Presença da Câmara (mairie) da cidade de Colombes, França, e da Association Poesia, Colombes, que proporcionou aos presentes poesia portuguesa... em francês.




Beatriz Rocha-Trindade - primeira conferencista das 'Conferências do Cinquentenário', com uma brilhante intervenção sobre a Emigração Portuguesa em França.


A presença do Consulado de França, através da presença da cônsul Aude de Amorim, na abertura das Comemorações do Cinquentenário, pelo Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, pelo coordenador científico do evento Prof. Dr. Albertino Gonçalves. Presentes também, em representação dos dois municípios parceiros das Comemorações, a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Melgaço e a Coordenadora do Museu das Migrações e das Comunidades, Câmara Municipal de Fafe.

18.11.11

Cinquentenária da Emigração Portuguesa para França

A Câmara Municipal de Fafe através do Museu das Migrações e das Comunidades e em parceria com o Cineclube de Fafe vai levar a cabo um programa de actividades para assinalar os 50 Anos de Emigração para França 1961-2011.
Como paralelamente estarão a decorrer as VI Jornadas de Cinema e Audiovisual, subordinadas ao tema “Património Material e Imaterial”, promovidas também pelo Cineclube de Fafe, conjuntamente com a Autarquia, o programa das Comemorações do Cinquentenário privilegia a 7ª Arte, sendo o Património o tema a partir do qual se estruturam estes dois eventos.


O programa inicia com a exibição do filme “Cinco dias, Cinco noites”, dirigida em particular à comunidade educativa (3º Ciclo), a decorrer nos dias 23, 24 e 25 de Novembro. Estas sessões realizar-se-ão nos Agrupamentos de Escolas de Arões, Padre Joaquim Flores e na Sala Manoel de Oliveira para os aklunos da Escola Secundária de Fafe.


O filme a exibir - “Cinco dias, Cinco noites”- é baseado num romance de Manuel Tiago - Em Portugal dos finais dos anos 40, André, de 19 anos, vê-se obrigado a abandonar o país depois de fugir da prisão. No Porto, uns amigos apresentam-lhe um passador, contrabandista que conhece bem a fronteira de Trás-os-Montes. Ao longo de cinco dias e cinco noites, atravessando montes e vales, escondem-se da guarda e da polícia política com a ajuda de muitos conhecidos do passador e os dois homens vão-se conhecendo melhor um ao outro. Dois mundos diferentes irão ligar-se num sentimento de grande amizade e admiração.

Aberta ao público em geral e com entrada gratuita, será a sessão do dia 24 de Novembro (5ª feira), a realizar no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe, pelas 15 horas, onde será exibido um filme documental sobre a Emigração Portuguesa para França, nos anos 60 e 70.

Todas as sessões terão entrada gratuita. Contamos com a presença e participação de todos.

16.11.11

Cinquentenário da Emigração para França

Comemorações do Cinquentenário da Emigração Portuguesa para França (1961-2011) em Viana do Castelo, Melgaço e Fafe.

Em parceria com o Museu das Migrações (Fafe) e o Museu Memória e Fronteira (Melgaço), Viana do Castelo apresenta um excelente programa, já no próximo sábado, dia 19, a iniciar às 14h30.

3.11.11

Miguel Monteiro



Em memória de Miguel Monteiro, que permanecerá.


3.10.11

Arthur Napoleão

Iniciamos o mês de Outubro com as comemorações do Dia Mundial da Música, razão pela qual a rubrica "Documento do Mês" é dedicada ao compositor Arthur Napoleão.


Em exposição encontra-se a reprodução da partitura da sua peça para piano "Recordações de Fafe" (Souvenir de Fafe), dedicada ao Ex.mo Sr. Commendador Albino de Oliveira Guimarães, fafense que no século XIX emigrou para o Brasil e aqui também já lembrado devido à construção do Jardim do Calvário. Esta reprodução da partitura foi recentemente doada ao Museu pelo nosso Amigo do Museu das Migrações, comendador António Barros.

Breve biografia de Arthur Napoleão (Arthur Napoleão dos Santos):
"Pianista, professor e compositor, nasceu na cidade do Porto em 6/3/1843 e faleceu em 12/5/1925 no Rio de Janeiro.
Aos sete anos, deu seu primeiro concerto de piano, que obteve alguma repercussão no meio musical europeu.

Apresentou-se então em várias capitais do continente, tocando para a rainha Vitória, da Inglaterra, o rei da Prússia e Napoleão III, da França. Foi aplaudido por importantes compositores da época. Acompanhou ao piano dois famosos violinistas, Henri Vieuxtemps (1820—1881) e Henryk Wieniawsky (1835—1880).
Foi ao Brasil pela primeira vez em Agosto de 1857, apresentando-se em quatro concertos no Teatro Lírico Fluminense, no Rio de Janeiro. Compôs nessa ocasião uma polca-mazurca para piano intitulada Uma primeira impressão do Brasil.


Em Janeiro do ano seguinte tocou no Teatro São Pedro de Alcântara, e a 10 de Fevereiro realizou uma festa de despedida no Teatro Lírico Fluminense. Cinco anos depois iniciou uma tournée pela Europa e Américas.

Em 1866 transferiu-se definitivamente para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro. Três anos depois fundou uma loja de instrumentos musicais, e no mesmo ano, em sociedade com Narciso José Pinto Braga, a loja Narciso & A. Napoleão, editora que durante um século teve o seu nome e um papel de destaque no estímulo à produção musical brasileira. Foi professor de piano, tendo entre seus alunos Chiquinha Gonzaga e João Nunes.


Escreveu estudos de técnicas pianísticas baseados nos exercícios de Johann Baptist Cramer (1771—1858), oficialmente adoptados pelo Conservatório de Música do Rio de Janeiro, editados pela Casa Schott, de Milão, Itália.


Dedicou-se também à composição, e em 1883 fundou, com o violinista cubano José White (1836-1918), a Sociedade de Concertos Clássicos, onde se apresentou diversas vezes como pianista."
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.

26.9.11

Migrations History Matters - Annual Conference of the AEMI

The Annual Conference of the Association of European Migration Institutions (AEMI)
28. September – 2. October 2011
The Danish Emigration Archives - Aalborg, Denmark

MIGRATION HISTORY MATTERS
Over time migration history has thrown light upon the challenges that migrants have experienced faced with realities of a completely different culture in another country.
Since 1945 many of the European countries have experienced an increase in numbers of immigrants – job-seekers, exiles and refugees. The countries in the European Union have different attitudes towards immigration. Those having received people in relation to the colonial expansions are much more used to a cultural diversity whereas those with a more homogeneous population look upon the recent immigration as a huge challenge and are faced with numerous controversies among politicians, among private people and in the press.


Despite the difference in attitudes toward immigrants each country will meet a number of similar challenges, and many questions will arise. Immigration will cause problems for both the immigrants and the people already living in the area – clashes of culture, lack of jobs, language barriers, ethical and religious differences etc.
The European Union shares the challenges of migration. We also share the history of migration – the past as well as the present. Almost all European countries were influenced by the overseas emigration during the 19th and 20th centuries. How did our own compatriots cope with the immigration experience?


(...) Over the years many aspects of integration processes have been described and researched. Migrants are uprooted and during the transplantation to a new culture, they often feel alienated. Many feelings are involved. Migration is about minds and hearts of human being.


Aalborg 2011, Final program here.

14.9.11

Cônsul de França no Porto visitou Fafe

A Cônsul Geral de França no Porto, Aude de Amorim, esteve de visita oficial a alguns motivos de interesse cultural de Fafe, na terça-feira da semana passada, o que fez pela primeira vez, a seu pedido.

Recebida pelo Presidente da Câmara, José Ribeiro, nos Paços do Concelho e acompanhada do Vice Presidente, Antero Barbosa, a diplomata deteve-se numa visita ao Museu das Migrações e das Comunidades, principal interesse da sua deslocação, mostrando particular atenção pela documentação relativa à emigração para França.


De igual forma, visitou o Museu da Imprensa, inteirando-se do seu espólio. Finalmente, mostrou-se agradada com a recuperação do Teatro-Cinema de Fafe, ponto final da visita que culminou com um almoço.

Nascida em França e lusodescendente, Aude de Amorim é diplomada em ciências políticas e desenvolve atividade diplomática desde 1991, em postos como o Ministério dos Negócios
Estrangeiros, a Embaixada de França em Brasília, as Nações Unidas e o Banco Mundial, em Washington, estando desde agosto de 2010 como Cônsul Geral de França na cidade do Porto.


in Luso Jornal (Setembro 2011)

VIAGENS – memórias da emigração

No âmbito do ciclo de concertos: outros palcos – pequenos, mas grandes concertos, a Kairos – Produções Culturais, em parceria com o Município de Fafe e o Museu das Migrações e das Comunidades, apresenta, no próximo dia 22 de Setembro (5ª feira), pelas 21H30, no Museu das Migrações e das Comunidades e no Auditório da Casa Municipal de Cultura o concerto: VIAGENS – memórias da emigração.


Trata-se de uma viagem-concerto pelos caminhos da emigração, conduzida por elementos que marcaram a nossa história. A ponte sonora a esses lugares é o acordeão de Cristiano Martins e, em participação especial, a voz de Celina Tavares.


Bilhetes à venda no Posto de Turismo de Fafe (Praça 25 de Abril).
Mais informações em:
http://kairosproducoesculturais.blogspot.com

31.8.11

E as férias de Verão a terminar...

Os atelier de Verão no Museu.
Os workshops...
Com a artista plástica Délia de Carvalho.







24.8.11

Site do Museu

O site do Museu das Migrações e das Comunidades Portuguesas encontra-se temporariamente fora de serviço por razões técnicas. Pelo facto pedimos desculpa; em breve a plataforma estará novamente acessível.

17.8.11

Lançamento do livro "A Terra do Chiculate"



Como anunciado, decorreu no passado dia 12 no auditório da Biblioteca Municipal de Fafe o lançamento da obra A Terra do Chiculate – relatos da emigração portuguesa, de Isabel Mateus. Como previamente divulgado, a apresentação esteve a cargo de Nathalie Oliveira, autarca de Metz, França. A sessão contou ainda com a presença e participação de Maria da Conceição Tina Melhorado - “a menina da fotografia” do catálogo da exposição de Gérald Bloncourt “Por uma vida melhor” – e uma sala cheia, com um público que se deslocou de várias cidades do Minho para assistir ao lançamento.


Nathalie Oliveira, luso-descendente, apresentou a obra não só do ponto de vista literário, mas também num tom mais confessional, a sua perspectiva enquanto luso-descendente. Neste sentido, mostrou-se atenta e informada sobre o período da história recente do nosso país, sobretudo os anos 60 e 70, décadas nas quais se registou o maior número de saídas de emigrantes que partiram clandestinamente de Portugal para França. Referiu também a importância de conhecer a história individual, as circunstâncias em que pais e avós emigraram, para melhor entender o presente e sobretudo, compreender a própria identidade, orgulhosamente.




Maria da Conceição Tina Melhorado, a ‘menina da fotografia’, falou sobre este período, que foi vivido na clandestinidade, na sua maioria nos bidonvilles (bairros de lata) e que é ainda muito recente, necessitando portanto de algum distanciamento. Passados 50 anos, talvez tenha chegado o momento de olhar, de escrever sobre, para melhor compreender e respeitar aqueles que tudo arriscaram, inclusive a própria vida, em busca de melhores condições de vida. Curiosamente, estas partidas, tinham maioritariamente na sua origem, o sonho de dar uma vida melhor aos filhos. Tina Melhorado assume-se assim – como alguém que dá voz às crianças cujos pais arriscaram tudo para lhes proporcionar tudo. Hoje, vive em Coimbra e é docente do ensino secundário – tem duas filhas e um filho com partilhou a sua história, e a quem pode proporcionar tudo. Falou-nos das suas memórias, do quanto gosta de chocolate, principalmente negro, que associa à viagem clandestina para França, pois era-lhe dado pelo passador, para que não fizesse barulho e aguentasse a viagem.


Contou ainda a história da boneca, com a qual o Gérald Bloncourt a fotografou em St. Dennis em 1966, e que afinal foi a promessa cumprida, a prenda que a mãe lhe deu para que ela partisse sem dizer nada a ninguém, em particular ao vizinho, que era polícia. Uma partilha grandiosa da Tina Conceição, um momento que nos explica afinal algumas das perguntas e inquietações que ficaram da exposição de Gérald Bloncourt “Por uma vida melhor”.


Isabel Mateus agradeceu a todos aqueles que contribuiram para a edição e o lançamento do livro e falou então do seu trabalho literário que contém pessoas e histórias de um tempo e de lugares que importa trazer à luz, em especial porque unem percursos biográficos de mais do que uma geração, numa tentativa de compreensão mútua. No final da sessão vários foram ainda os contributos dos participantes, nomeadamente daqueles com histórias de vida em contexto de emigração. Foi discutido o papel dos passadores, figura controversa do ‘salto’ com diferentes níveis de acção em função das regiões onde actuavam – Bragança ou Fafe ou Guimarães, Viana do Castelo ou Melgaço, entre outras eram diferentes; a construção de Paris, as razões da partida, a ditadura e a Guerra colonial, entre outros testemunhos de cariz mais pessoal e intimista. Um belo serão que se prolongou pela noite dentro.
No final, Isabel Mateus deu ainda uma entrevista para o Canal TV, que tem realizado um grande trabalho de cobertura das actividades culturais da região – em divulgação agora também d’A Terra do Chiculate – relatos da emigração portuguesa.


Fotografias de Manuel Meira.

1.8.11

Gente do Salto

Na rúbrica "Documento do mês" apresentamos elementos sobre o trabalho do cineasta José Vieira, nomeadamente Gente do Salto, que reúne sete curtas-metragens sobre a emigração clandestina para França.

Partindo da sua experiência como emigrante e das memórias de muitos portugueses que partiram para França nos anos 60 “a salto”, José Vieira traça um retrato da história recente de Portugal.

No início dos anos sessenta, milhares de portugueses chegavam clandestinamente a França. Portugal vivia sob o domínio de uma ditadura obscurantista, isolado e atolado em guerras coloniais. Dezenas de milhares de homens e mulheres fugiam à pobreza, ao serviço militar e ao regime de Salazar, deixando ilegalmente o país. Depois de atravessar a fronteira francesa e espanhola, pondo a vida em risco, de barco, a pé através das montanhas ou escondidos em camiões, muitos chegavam à Gare d'Austerlitz, Paris, dos quais 9 em cada 10 estavam em situação irregular.

Estes documentários integram ainda testemunhos de emigrantes que regressaram à terra natal depois de uma longa ausência. É a História feita pelos homens e mulheres que partiram um dia para dar uma vida melhor aos filhos. Muitos portugueses revêem-se neste trabalho de José Vieira e os jovens da segunda e terceira geração descobrem agora a história, por vezes omitida, dos seus pais e avós.

13.7.11

A Terra do Chiculate

Lançamento do livro "A Terra do Chiculate - Relatos da Emigração Portuguesa" de Isabel Mateus, no próximo dia 12 de Agosto, pelas 21h30 no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe.

A obra será apresentada por Nathalie de Oliveira, autarca da Câmara Municipal de Metz (França) e contará com a presença e participação da professora Maria da Conceição Tina Melhorado - a menina da foto do catálogo da exposição "Por uma vida melhor" de Gérald Bloncourt - fotografada nos anos 60, e incluída na página 86 deste livro.

A Terra do Chiculate pretende retratar as vicissitudes da emigração portuguesa, maioritariamente clandestina, em França, a partir dos anos 60, e revelar as suas consequências positivas e negativas transportadas até ao presente, quer na pátria, quer no país de acolhimento.

Ao mostrar o difícil passado recente da emigração portuguesa, A Terra do Chiculate alerta, igualmente, para a vigência e a actualidade do tema da emigração clandestina neste início de século.

A obra divide-se em três partes e dá voz, através dos seus relatos, na primeira pessoa, aos seus “reais protagonistas”. Deste modo, os protagonistas do livro partilham com o leitor a sua realidade mais íntima que, em muitos casos, ainda não tinha sido exteriorizada, inclusive, no seio da própria família.

Na primeira parte, intitulada “Naufrágio”, a narração da criança, entregue aos cuidados da avó materna, com apenas 12 meses, centra-se nas suas memórias indeléveis da infância e da juventude, exprimindo, sobretudo, o modo como a ausência dos seus pais se reflecte, de forma nefasta, na sua vida. Aliás, a sua experiência individual remete a temática para um panorama mais vasto, pois a sua situação vai ao encontro da mesma realidade familiar e social de tantas outras crianças e jovens do Portugal rural, principalmente do Norte e Interior do país, durante a época da Ditadura.

A segunda parte, “Viagem(ns)”, trata dos percursos de vida daqueles que deram “o salto”, isto é, dos seus sucessos e infortúnios provenientes desta epopeia da era moderna. Entre outras, aqui perpassam as histórias do passador, da criança e dos jovens arrancados à terra de origem, bem como as referentes aos homens e às mulheres e aos seus muitos trabalhos que passaram para se adaptarem ao novo país, à língua e à cultura.
No presente, “os protagonistas” mais idosos desta efeméride deparam-se com outro tipo de problemas: surge o dilema do regresso para Portugal ou da sua permanência em França ou, então, a opção pelo contínuo vaivém entre os dois países, até que as suas forças físicas e psicológicas o permitam.
Quanto às várias gerações de luso-descendentes, debatem-se pela procura e pela afirmação da sua identidade portuguesa, resolvendo deste modo o conflito, por vezes existente, entre o desequilíbrio da influência das culturas francesa e lusa.

A última parte da obra resulta das impressões de viagem do narrador adulto em peregrinação pelos espaços da diáspora dos primeiros emigrantes portugueses, onde se incluem os seus próprios pais, os seus familiares e os seus amigos. A partir daqui, pretende-se que as suas reflexões e considerações elucidem o leitor acerca deste período da emigração ainda mal conhecida por muitos e, até então, com aspectos por desmistificar.

Podemos concluir que nestes relatos as vozes do Passado e do Presente se fundem e se confrontam, tendo o objectivo primordial de dar continuidade ao seu legado da portugalidade no país de acolhimento, ao mesmo tempo que se reafirma a mesma intenção em relação ao território português.

21.6.11

Férias no Museu

Fotos de João Artur Pinto

Já a partir do próximo dia 4 de Julho os Museus do Município de Fafe propõem uma programação a pensar naqueles que já se encontram em férias. Pode desde já programar um dia diferente... no Museu.

Em Julho, pela manhã...

Café da manhã e…. Venha ao Museu!
Visita temática programada para todos os espaços museológicos do Munícipio.

Com o objectivo de promover hábitos culturais e o enriquecimento dos tempos livres, é proposta a apresentação de um objecto ou de um facto sobre o fenómeno da emigração, no Museu das Migrações e das Comunidades, assim como, do mundo automóvel no Museu do Automóvel, da chegada da luz eléctrica no Museu Hidroeléctrico de Santa Rita ou da imprensa do século XIX no Museu da Imprensa.
Estas visitas temáticas decorrem pela manhã e ao fim-de-semana durante os meses de Junho e Julho (ou em outras datas se solicitadas) e contribuirão para a melhoria da qualidade de vida das famílias e da comunidade, através do estímulo intelectual, da sensibilização para a nossa História e da promoção de novos interesses a nível social e cultural.
Apresentação de um objecto por semana. Actividade de curta duração direcionada para o público em geral, grupos organizados e grupos sénior. Duração: 20 a 30 minutos. Marcação prévia. Visita Especial de Fim-de-semana.

E para o mês de Julho preparamos també Oficinas especiais para os mais novos que podem trazer os pais :)


Exploradores no Museu
Visita orientada seguida de actividade de exploração lúdico-pedagógica das peças dos Museus a realizar em todos os espaços museológicos do Município.
Duração: Sessão de 90 minutos.

Carro meu, carro meu
Oficina de férias no Museu do Automóvel
Visita orientada para a observação dos diferentes automóveis com recurso à história das suas marcas. A visita é prolongada com oficina de expressão plástica na qual os jovens expressam plasticamente as impressões e preferências da visita. Produção de um mural de papel.


Famílias e Público escolar (1º, 2ºe 3º ciclos).
Duração: Sessão de 120 minutos.

Vamos fazer um selo
Oficina de Férias –
Museu da Imprensa
Oficina de criação e composição (manual com tipos móveis e gravura) e impressão gráfica de um selo de época - Séculos XIX e século XX.
Exposição final em painel com selos realizados. Famílias e Público escolar (1º, 2º e 3.º ciclos).
Duração: Sessão 120 minutos.



Uma peça, duas peças... E fez-se luz!
Oficina de Férias –
Museu Hidroeléctrico de Santa Rita
Visita orientada seguida de actividade lúdico-didáctica na qual é proposta a descoberta e construção em grupo de um puzzle “luminoso”.
Famílias e Público escolar (1º, 2º e 3.º ciclos).
Duração: Sessão de 90 minutos.

As oficinas estão sujeitas a marcação prévia e número limite de participantes.

E boas férias... no Museu!