Iniciamos o mês de Outubro com as comemorações do Dia Mundial da Música, razão pela qual a rubrica "Documento do Mês" é dedicada ao compositor Arthur Napoleão.
Em exposição encontra-se a reprodução da partitura da sua peça para piano "Recordações de Fafe" (Souvenir de Fafe), dedicada ao Ex.mo Sr. Commendador Albino de Oliveira Guimarães, fafense que no século XIX emigrou para o Brasil e aqui também já lembrado devido à construção do Jardim do Calvário. Esta reprodução da partitura foi recentemente doada ao Museu pelo nosso Amigo do Museu das Migrações, comendador António Barros.
Breve biografia de Arthur Napoleão (Arthur Napoleão dos Santos):
"Pianista, professor e compositor, nasceu na cidade do Porto em 6/3/1843 e faleceu em 12/5/1925 no Rio de Janeiro.
Aos sete anos, deu seu primeiro concerto de piano, que obteve alguma repercussão no meio musical europeu.
"Pianista, professor e compositor, nasceu na cidade do Porto em 6/3/1843 e faleceu em 12/5/1925 no Rio de Janeiro.
Aos sete anos, deu seu primeiro concerto de piano, que obteve alguma repercussão no meio musical europeu.
Apresentou-se então em várias capitais do continente, tocando para a rainha Vitória, da Inglaterra, o rei da Prússia e Napoleão III, da França. Foi aplaudido por importantes compositores da época. Acompanhou ao piano dois famosos violinistas, Henri Vieuxtemps (1820—1881) e Henryk Wieniawsky (1835—1880).
Foi ao Brasil pela primeira vez em Agosto de 1857, apresentando-se em quatro concertos no Teatro Lírico Fluminense, no Rio de Janeiro. Compôs nessa ocasião uma polca-mazurca para piano intitulada Uma primeira impressão do Brasil.
Foi ao Brasil pela primeira vez em Agosto de 1857, apresentando-se em quatro concertos no Teatro Lírico Fluminense, no Rio de Janeiro. Compôs nessa ocasião uma polca-mazurca para piano intitulada Uma primeira impressão do Brasil.
Em Janeiro do ano seguinte tocou no Teatro São Pedro de Alcântara, e a 10 de Fevereiro realizou uma festa de despedida no Teatro Lírico Fluminense. Cinco anos depois iniciou uma tournée pela Europa e Américas.
Em 1866 transferiu-se definitivamente para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro. Três anos depois fundou uma loja de instrumentos musicais, e no mesmo ano, em sociedade com Narciso José Pinto Braga, a loja Narciso & A. Napoleão, editora que durante um século teve o seu nome e um papel de destaque no estímulo à produção musical brasileira. Foi professor de piano, tendo entre seus alunos Chiquinha Gonzaga e João Nunes.
Escreveu estudos de técnicas pianísticas baseados nos exercícios de Johann Baptist Cramer (1771—1858), oficialmente adoptados pelo Conservatório de Música do Rio de Janeiro, editados pela Casa Schott, de Milão, Itália.
Dedicou-se também à composição, e em 1883 fundou, com o violinista cubano José White (1836-1918), a Sociedade de Concertos Clássicos, onde se apresentou diversas vezes como pianista."
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.
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