Os Museus do Município apresentam uma programação conjunta diversificada, que pretende dar a conhecer o património, sensibilizar para o seu usufruto e preservação e promover a memória histórica. Download do programa aqui.
24.11.10
Museus - Programa Anual
Os Museus do Município apresentam uma programação conjunta diversificada, que pretende dar a conhecer o património, sensibilizar para o seu usufruto e preservação e promover a memória histórica. Download do programa aqui.
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11.11.10
Paços do Concelho na Imprensa e no Museu
No início do século XVIII, na Corografia Portuguesa, o Padre Carvalho da Costa refere que a então vila de Fafe «tem huma só rua, aonde está a Casa da Câmara, & Cadea». Era na actual Praça 25 de Abril que se encontravam os antigos Paços do Concelho (c.f. Almanaque de 1920).
De acordo com a sessão camarária de 2 de Junho de 1897, resolveu-se «Pedir ao governo para applicar o fundo da viação à reconstrucção d’um edifício para os paços do concelho» (jornal ”O Desforço”, 03/07/1897, pág. 2).
Em sessão da Câmara Municipal de 24 de Outubro de 1906, decidiu-se «que o novo edifício para os paços do concelho, tribunal e repartições públicas, se faça à margem da projectada avenida» (jornal ”O Desforço”, 01/11/1906, pág. 2). O edifício para os Paços do Concelho viria a ser construído na actual Avenida 5 de Outubro, por questões de aformoseamento da Villa e de melhores acomodações para os fins destinados, iniciando-se no ano seguinte, a sua edificação (c.f. jornal “O Povo de Fafe”, 31/07/1907). Os novos Paços do Concelho entraram em funcionamento em 1913.
Da colecção de gravuras do Núcleo da Imprensa seleccionamos uma zincogravura publicada no jornal semanário "O Desforço" de 11 de Julho de 1919 cuja legenda - "O edifício público em construção onde estão aquarteladas as forças da República" - nos remete ao período da 1.ª República no qual se tomaram posições de reação às tropas monárquicas.
Nos anos de 1960 foram realizadas no edifício remodelações ao nível da arquitectura e do redimensionamento dos espaços interiores, sendo que, na manhã de 18 de Novembro de 1966 os «novos» Paços do concelho foram solenemente inaugurados (c.f. jornal “O Desforço”, 24/11/1966).
Produção Isabel Alves e Patrícia Cunha
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8.11.10
Arte Lisboa 2010
© Carlos No
Este espaço tem por missão também divulgar a arte que se faz em torno da temática das migrações.
Neste sentido já aqui mostramos o trabalho de Carlos No, cuja obra “Champigny” foi agora seleccionada para integrar a secção “Project Rooms” da ARTE LISBOA 2010, este ano com curadoria de Filipa Oliveira.
A obra “Champigny” é (...) "uma peça de parede constituída por 28 caixas de correio construídas pelo artista com restos de madeira de diferentes tipos e origens. Estão dispostas mais ou menos por sequência numérica mas de modo desalinhado. Cada caixa tem, para além de um número, um ou mais nomes de pessoas de diferentes nacionalidades. Estas correspondem às das maiores ou mais representativas comunidades de imigrantes existentes actualmente em Portugal, que vão desde o Brasil e restantes países lusófonos, passando por outros países de África, Ásia e Europa de Leste.
Embora a obra procure evocar uma realidade portuguesa actual, o título remete-nos, no entanto, para um outro contexto geográfico e temporal, poder-se-á mesmo dizer histórico. Champigny é o nome de uma cidade francesa a leste de Paris que na década de 60 do século passado foi um dos locais de destino de uma grande parte dos imigrantes portugueses que, em busca de trabalho ou em fuga ao regime salazarista e à Guerra Colonial, procuravam em França um melhor local para viver.
Apesar de hoje em dia Champigny ser uma cidade dormitório, satélite de Paris, está, no entanto, muito longe daquilo que era na década de 60 do séc. XX pois nessa altura pouco mais era do que um bairro de lata na periferia da cidade, sem quaisquer condições de habitabilidade. Contudo, foi aqui que cerca de 40 mil portugueses construíram/encontraram a sua primeira “casa” (barraca) e nela viriam a habitar durante vários anos.
Pretendi assim, ao confrontar duas realidades bem semelhantes ainda que afastadas no espaço e no tempo, criar um paralelismo entre a realidade portuguesa de então e a actual, embora num sentido inverso. Num gesto como que de um “virar o espelho para nós próprios”, país com grandes tradições de emigração, para reflectirmos melhor sobre o nosso comportamento actual perante aqueles que procuram Portugal em busca de melhores condições de vida. Carlos No
Embora a obra procure evocar uma realidade portuguesa actual, o título remete-nos, no entanto, para um outro contexto geográfico e temporal, poder-se-á mesmo dizer histórico. Champigny é o nome de uma cidade francesa a leste de Paris que na década de 60 do século passado foi um dos locais de destino de uma grande parte dos imigrantes portugueses que, em busca de trabalho ou em fuga ao regime salazarista e à Guerra Colonial, procuravam em França um melhor local para viver.
Apesar de hoje em dia Champigny ser uma cidade dormitório, satélite de Paris, está, no entanto, muito longe daquilo que era na década de 60 do séc. XX pois nessa altura pouco mais era do que um bairro de lata na periferia da cidade, sem quaisquer condições de habitabilidade. Contudo, foi aqui que cerca de 40 mil portugueses construíram/encontraram a sua primeira “casa” (barraca) e nela viriam a habitar durante vários anos.
Pretendi assim, ao confrontar duas realidades bem semelhantes ainda que afastadas no espaço e no tempo, criar um paralelismo entre a realidade portuguesa de então e a actual, embora num sentido inverso. Num gesto como que de um “virar o espelho para nós próprios”, país com grandes tradições de emigração, para reflectirmos melhor sobre o nosso comportamento actual perante aqueles que procuram Portugal em busca de melhores condições de vida. Carlos No
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3.11.10
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