26.4.11

Florêncio Monteiro Vieira de Castro

Após várias pesquisas e tentativas para se conhecer o rosto da importante personalidade de Florêncio Monteiro Vieira Castro, conseguimos quase por acaso, junto da Dra. Eduarda Gonçalves um retrato seu.

Numa amena conversa e pesquisa para a conclusão da tese de doutoramento de Luísa Langford, - para a qual os testemunhos da M. Eduarda Leite Castro Gonçalves e Francisco António Leite Castro, descendentes de José Alves de Freitas e de Adélia Martins Monteiro Vieira de Castro, foram tão importantes, vendo álbuns e lendo cartas, a propósito de fotos e das auto-representações de outros tempos, encontramos uma fotografia de Florêncio Monteiro Vieira Castro. A fotografia encontra-se no álbum que em 2008 a família cedera para a exposição “Terra Longe, Terra Perto” que o Museu das Migrações promoveu em parceria com o Museu da Presidência. Aqui a reproduzimos - a História ganhou um rosto.


Florêncio Monteiro Vieira Castro (1853-1925) nasceu a 21 de Março de 1853, em Santa Eulália, Fafe. Faleceu em 4 de Junho de 1925.
Foi casado com Gracinda Sousa Carneiro Veira Castro, nascida em Santa Eulália, Fafe (1/10/1875)-(26/2/1939), sobrinha do “Brasileiro” Fortunato José de Azevedo, proprietário de dois palacetes contíguos, na Rua António Saldanha.

Florêncio Monteiro Vieira Castro foi Juiz Conselheiro, líder do Partido Progressista, advogado, e em 1881, com apenas 27 anos, Administrador do Concelho.
Em 1907 foi o organizador da comissão que promoveu as festividades de inauguração da chegada do caminho-de-ferro a Fafe.
Participou com os irmãos Monsenhor João e Álvaro “Brasileiro” na fundação do Clube Fafense em 1901. Monárquicos convictos, receberam em sua casa o Rei D. Carlos, por breves momentos na sua casa, aquando da passagem deste para as termas do Vidago.


Notamos que a avó da Dra. Eduarda - Adélia Martins Monteiro Vieira de Castro (1863-31/7/1918)- era filha de Maria Monteiro Vieira de Castro (23/07/1844-1872) e do “Brasileiro” José António Martins Guimarães (1828-01/09/1911) - (31/07/1918), neta do “Brasileiro” Miguel António Monteiro de Campos, pai de Florêncio, portanto sobrinha de Florêncio Monteiro Vieira Castro. Logo este seria tio-avô de Eduarda Leite Castro Gonçalves e Francisco António Leite Castro.

19.4.11

Dia da Comunidade Luso Brasileira

Exposição “Portugal-Brasil: Paisagens brasilianas e Fafenses Brasileiros de Torna-Viagem
A Câmara Municipal de Fafe promove no próximo dia 21 de Abril uma exposição evocativa do Brasil e da chegada dos portugueses a terras de Vera Cruz.
Esta exposição é realizada no âmbito da programação anual do Museu das Migrações e das Comunidades e assinala o Dia da Comunidade Luso Brasileira (22 de Abril), evocativo da data do encontro da expedição dos portugueses com a terra e as gentes além-mar, que se viria a manter ao longo dos séculos. Esta data foi criada em 1967 pelos dois governos - Portugal e Brasil -, foi instituída pelo senador brasileiro Vasconcelos Torres e deveria ser comemorado nos dois países, já que é nesse dia que se celebra o “achamento do Brasil”.

A exposição “Portugal-Brasil: Paisagens brasilianas e Fafenses Brasileiros de Torna-Viagem”, integra um conjunto de retratos da autoria do artista plástico Luís Gonzaga, que nos situa a ligação de Fafe ao Brasil, em particular pela memória dos fafenses que emigraram para o Brasil durante o século XIX e inícios do século XX, e que no seu regresso edificaram a então Villa de Fafe – os fafenses “Brasileiros de Torna-Viagem”.
Estarão patentes ao público, reunidos pela primeira vez à luz desta ligação emblemática ao Brasil, a colecção das telas do acervo do Município que representam os “ilustres emigrantes brasileiros”, que, desde o início do século XIX edificaram palácios, casas apalaçadas e palacetes, abriram ruas e praças re-desenhando a “cidade”. Os princípios e ideais de liberdade e de auxílio mútuo marcaram as suas vidas e levaram-nos à construção de edificações de cariz social – o Hospital de S. José (1858), o Asilo para a Infância Desvalida (1877) e o Asilo dos Inválidos (1906), a Escola de Conde Ferreira (1866) e a Escola Deolinda Leite (1892), a Igreja Nova de São José (1895) e a Confraria de são José ou da Misericórdia administradora do Hospital (1860). Construíram ainda o exótico jardim romântico do Calvário ou Passeio Público (1892), procurando imitar as metrópoles de além-mar, ainda hoje preservado e aberto ao público.

Em 22 de Abril de 1500 chegavam ao Brasil 10 naus e 3 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. Traçando um arco temporal nas relações históricas dos dois países, a presente mostra integra ainda uma colecção de aguarelas da autoria do mesmo artista, representativa do “achamento” do Brasil. Estão representadas a paisagem, a flora, a fauna, o vestuário e as actividades tanto dos ameríndios, como dos colonizadores, dos séculos XVIII e XIX. A exposição de aguarelas patente nesta sala é acompanhada da emissão da leitura da carta de Pero Vaz de Caminha, narrada pelo escritor e actor José Rui Rocha.


A exposição inaugura dia 21 de Abril, pelas 17 horas, na Casa Municipal de Cultura e estará patente até ao próximo dia 13 de Maio. Uma excelente oportunidade de melhor conhecer as figuras que fizeram a História e a biografia dos fafenses que, em contexto de emigração e retorno edificaram a cidade, sendo ainda bem visíveis, como escreveu Miguel Monteiro, “os sinais de retorno de sucesso e as marcas expressas nas novas formas de capital social, cultural e simbólico”.


3.4.11

22 de Abril - Dia da Comunidade Luso Brasileira

Fotografia de Manuel Meira

Na rubrica "Documento do Mês" evocamos o Brasil e a chegada dos portugueses a terras de Vera Cruz, assinalando o dia 22 de Abril - Dia da Comunidade Luso Brasileira.
Data do encontro da expedição dos portugueses com a terra e as gentes além-mar, que se viria a manter ao longo dos séculos - em 22 de Abril de 1500 chegavam ao Brasil 10 naus e 3 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A evocação desta data foi fundada em 1967 pelos dois governos - Portugal e Brasil -, foi instituída pelo senador brasileiro Vasconcelos Torres e deveria ser comemorado nos dois países, já que é nesse dia que se celebra o “achamento do Brasil”.
A comunidade Luso Brasileira mantém muito viva este encontro e existem numerosas publicações que reforçam os laços e as histórias que unem estes dois países. Desta comunidade fazem parte portugueses que emigraram para o Brasil, assim como, os seus descendentes que sentem o Brasil também como a sua pátria.