30.12.10

Lá se pensam, cá se fazem


Com os devidos créditos, do site da Fundação Calouste Gulbenkian transcrevemos a informação sobre a iniciativa FAZ, ideias de origem portuguesa, 'dirigida à diáspora portuguesa. Sabe-se que existem 2,3 milhões de portugueses no mundo, nascidos em Portugal, e que se contarmos com os descendentes, a soma aumenta para os 5 milhões.
Com o mote “Lá se pensam, cá se fazem”, FAZ desafia esses 5 milhões a conceberem, um projecto de empreendedorismo social a concretizar em território português. No fundo, FAZ é um concurso de ideias, mas também um apelo aos talentos da diáspora portuguesa para que se mobilizem no sentido de construírem o futuro da comunidade que é de todos.'

Regulamento disponível em http://www.ideiasdeorigemportuguesa.org a partir de 4 de Janeiro de 2011.

26.12.10

Jardim do Calvário ou Passeio Público faz hoje 118 anos


Fafe: Passeio Público em Construção 1891
(Luisa Vieira Campos de Carvalho - Arquivo privado)

O Jardim do Calvário ou Passeio Público faz hoje 118 anos razão pela qual a rubrica "Documento do Mês" é dedicada a este espaço e ao seu fundador - Comendador Albino de Oliveira Guimarães.


O Jardim do Calvário situa-se no "Outeiro do Calvário" decorrendo este nome da existência de uma capela dedicada ao Senhor do Calvário, nesse local, pelo menos desde o século XVIII.
A obra do Jardim do Calvário deve-se a um brasileiro fafense, o Comendador Albino de Oliveira Guimarães que, segundo a imprensa do início do século, "houve dele o produto de um discurso – a verba principal que se empregou no aludido jardim", custeando a iniciativa com 4 contos e duzentos mil réis.


Em 1889, o presidente da Câmara, José Florêncio Soares, apresenta ao Executivo um projecto de Jardim e Passeio público, tendo sido as obras orçamentadas pelo montante de 6.400$000 réis.
No ano 1890 dá-se início às obras, tendo a Câmara em sessão de 12 de Fevereiro, realizando uma intimação de despejo de 8 dias aos moradores daquele local, para que a construção se pudesse iniciar.


O Jardim do Calvário é solenemente inaugurado a 26 de Dezembro de 1892, onde a Câmara se dirige a Albino de Oliveira Guimarães para agradecer "os valiosos serviços que prestara ao Município para a construção do mesmo jardim" e "pelo grande melhoramento público que promovera".

Em 1912 é aprovado o projecto de um coreto para o local e em 1914 passa a ter luz eléctrica fornecida pela Central de Sta. Rita. Em 1917 é adquirido um barco para o lago do Jardim, mandado vir pelo então Vereador Artur Pinto Bastos, tendo o barco e o seu transporte desde a Póvoa do Varzim custado 36$50.



Em 1929 é elaborado o projecto de um quiosque para o Jardim Público junto ao ringue de patinagem com o orçamento de 11.148$00.
O Jardim do Calvário recriava, assim, um ambiente de exotismo naturalista, apresentando um lago com uma ponte, um pequeno barco, um coreto e as necessárias árvores importadas, recriando-se o ambiente romântico. Constituía um local de "encontro e ócio, cumprindo uma função ideológica dos que o frequentavam." (Miguel Monteiro in Fafe dos Brasileiros)
COMENDADOR ALBINO DE OLIVEIRA GUIMARÃES
Albino de Oliveira nasceu a 4 de Setembro de 1833, na freguesia de Golães e faleceu a 6 de Março de 1908 (74 anos), na sua casa da Rua 5 de Outubro.



Em 1847 (com 14 anos) emigrou para o Rio de Janeiro e acrescentou ao seu apelido, Guimarães. No Brasil, trabalhou como caixeiro na casa Comercial António Mendes de Oliveira Castro, vindo a ser o seu braço direito, das suas qualidades pessoais. Em 1858 (25 anos) casa com Luiza Mendes de Oliveira Castro e aparece na liderança da Comissão de Fundadores do Hospital de Fafe no Rio de Janeiro. Em 1859 António Mendes de Oliveira Castro vem a falecer, sendo Albino conduzido à gerência dos negócios de família, ao lado da sogra D. Castorina.



Em 1861 realiza uma viagem de retorno a Portugal, com Francisco José Leite Lage. Em 1869 verifica-se a existência de um passaporte de 8 de Abril com destino ao Rio de Janeiro com sua mulher e filhos (Luiza, Castorina, Albino, António). Em1879, compra casa em S. Clemente. De referir que ia com frequência a Lisboa, mantendo relações com Camilo Castelo Branco e José Cardoso Vieira de Castro.



Em 1890 vende a casa do Rio ao inglês John Roscoe Allen que posteriormente a vendeu a Rui Barbosa. Actualmente é a Fundação Casa Museu Rui Barbosa. Albino de Oliveira Guimarães regressa definitivamente a Fafe, instalando-se com a família na casa da Macieira, em Pardelhas. Foi ainda proprietário rural em Freitas, na Ranha e Pardelhas; em Quinchães e em S. Romão de Arões adquiriu quintas e a casa e Quinta de Arrochela.



Como benemérito promoveu a construção da Igreja Nova de S. José, hospitais, asilos, escolas, participou na criação de Misericórdias, indústrias e iluminação pública; fez parte da comissão organizadora das festividades comemorativas da chegada do Caminho-de-ferro.



"Documento do Mês" - em exposição espólio documental sobre o Jardim do Calvário e o seu fundador Comendador Albino de Oliveira Guimarães. Agradecimento muito especial a Luisa Vieira Campos de Carvalho, descendente do comendador, pela cedência da primeira foto que aqui reproduzimos.

24.12.10

Merry Christmas

The Museu das Migrações e das Comunidades (Museum of Migration and Communities) wishes you all a Merry Christmas and a Happy New Year.

16.12.10

Dia Internacional dos Migrantes


Sábado, dia 18 de Dezembro - o Museu das Migrações e das Comunidades comemora o Dia Internacional dos Migrantes em parceria com as Juntas de Freguesia de Aboim e Estorãos. Será exibido o documentário “A Fotografia Rasgada” do lusodescendente José Vieira, que retrata a emigração dos anos 60 e 70 para França.

Nos anos 60 quem emigrava clandestinamente recorrendo a um passador, conhecia o código da fotografia rasgada. O passador guardava metade da fotografia de quem emigrava e a outra levava-a o emigrante que, uma vez chegado ao destino, a remetia à família, em sinal de que chegara bem e que poderia ser concluído o pagamento pela sua “passagem”. Partindo da sua experiência como emigrante e das memórias de muitos portugueses que partiram para França “a salto”, José Vieira traça um retrato da história recente de Portugal.
“A Fotografia Rasgada” (França, 2001, 52’) foi premiado na 9.ª edição do festival Caminhos do Cinema Português (Coimbra, 2002), e integra um projecto de José Vieira intitulado “Gente do Salto” que reúne sete curtas-metragens sobre a emigração clandestina.

Porque a História é também feita de histórias, pretendemos que todos contribuam para a construção de uma memória colectiva, partilhada, edificando e preservando assim a memória histórica para as próximas gerações. Neste sentido a projecção será seguida de um momento de diálogo partilhado por todos os presentes e centrado nas experiências contexto de (e/i)migração. Este espaço contará com a presença de emigrantes, assim como, de imigrantes (residentes no Concelho de Fafe) que contribuirão para uma partilha e troca de experiências enriquecedora e global. Pretende-se criar um espaço e um tempo de consciencialização sobre a temática das migrações, promovendo a tolerância, a partilha de uma visão multicultural pacífica e de respeito intercultural.

As sessões terão lugar no próximo sábado, dia 18, na sede da Junta de Freguesia de Aboim pelas 14h30 horas e na sede da Junta de Freguesia de Estorãos pelas 16h30 horas.
Entrada gratuita.

7.12.10

Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Hoje é dia de… Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos

No âmbito da actividade "Hoje é dia de…" comemoramos no dia próximo dia 10 de Dezembro o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

“Notícia de 1ª Página”
Visita temática de carácter experimental a realizar no Museu das Migrações e no Museu da Imprensa.
Partimos da exploração das colecções do Museu das Migrações com roteiro de visita e ficha didáctica, para um atelier de redacção, composição (manual com tipos móveis e gravura) e impressão gráfica no Museu da Imprensa da 1ª página de um jornal, centrada no tema Direitos Humanos.
No final será criado um mural de papel com as páginas impressas.

Serão ainda impressos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos para distribuição pela cidade em especial no Comércio Local.
Actividades direccionadas para as famílias e público escolar com adaptações aos níveis etários.
Visita-nos, participa e usufrui da nossa História, construindo memórias.
Entrada livre.

6.12.10

Os portugueses no mundo e o mundo em Portugal

Um quadro vale por mil palavras.
Fonte: "Portugal - Atlas das Migrações Internacionais".

1.12.10

Mapping Cultural Diversity



"Mapping Cultural Diversity: Good practices from around the globe" é uma iniciativa do U40-Programme - Cultural Diversity 2030, cujo objectivo é contribuir para o debate sobre a promoção e a protecção das diferentes expressões culturais, propostos na Convenção da UNESCO para a Diversidade da Expressão Cultural.

A Convenção procura, por intermédio do seu objetivo principal – a protecção e a promoção da diversidade das expressões culturais – "criar um ambiente conducente à afirmação e à renovação da diversidade de expressões culturais em benefício de todas as sociedades. Ao mesmo tempo, reafirma os laços que unem cultura, desenvolvimento e diálogo, estabelecendo uma plataforma inovadora para a cooperação cultural internacional. (...) lida com muitas formas de expressão cultural que resultam da criatividade de indivíduos, grupos e sociedades, enquanto comunicam conteúdos culturais com sentido simbólico, bem como os valores artísticos e culturais que se originam de identidades culturais ou as expressam.

(...) Ao enfocar a proteção e a promoção da diversidade das expressões culturais, a Convenção reconhece que, num mundo cada vez mais interconectado, cada indivíduo tem direito a aceder, livre e imediatamente, a uma rica diversidade das expressões culturais, sejam elas do seu país ou de outros." Convenção da UNESCO para a Diversidade da Expressão Cultural (Conferência Geral da UNESCO, 2005).