3.2.10

A casa

O Brasil, na segunda metade do século XVIII e durante o século XIX foi o lugar propício para a acumulação de fortuna e o laboratório para o que veio a ser a ampliação de pequenos e modestos Solares do Minho, a construção das novas vilas e a ampliação das cidades.

Em Portugal, mas com particular destaque para as cidades do Norte do país, permanecem vivas inúmeras evidências materiais e simbólicas da emigração para o Brasil.

O Norte de Portugal é o lugar das principais evidências da saída e do retorno do “Brasileiro”, observando-se as representações desse tempo, particularmente, nessa personagem e nas casas, dado que, com os primeiros lucros do Brasil, o emigrante com sucesso, regressava à terra para ampliar a casa mãe ou construir uma nova e “cobrir de arrecadas as irmãs queridas e a continuar, aqui, a vida laboriosa que nas terras do Brasil foi a sua glória”. (Figueirinhas, 1900)

O “Brasileiro”, originário de uma classe média e média alta rural, incorpora nos contactos cosmopolitas das cidades do Brasil e das permanentes viagens pelas capitais estrangeiras, os novos sentidos da urbanidade e os símbolos legitimadores de poder que faz transportar para as cidades e vilas do Minho.

Este retorno reflectiu-se na arquitectura, urbanismo e na industrialização do país, provocando a aceleração da actividade comercial, afirmando-se o “Brasileiro” e seus descendentes como constituintes de uma classe burguesa que se envolve activamente na vida pública em tempo de transformação de regime. na plataforma do Museu

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