24.5.13

Museu das Migrações assina protocolo e abre exposição em Paris


O Museu das Migrações e das Comunidades Portuguesas deu mais um importante passo no tocante à sua afirmação enquanto projeto com impacto internacional. O Presidente da Câmara deslocou-se à capital francesa no passado dia 14 de Maio para proceder à assinatura de um protocolo de colaboração com o Consulado Geral de Portugal em Paris.




No âmbito desse protocolo cabe ao Consulado, em cooperação com a Associação Memória das Migrações, proceder à recolha de conteúdos de natureza diversa relacionados com a história da comunidade portuguesa em França. Por seu lado, ao Museu das Migrações e das Comunidades, compete, para além da catalogação e organização dos conteúdos recolhidos, a mais ampla divulgação dos mesmos. No momento da assinatura, José Ribeiro deu conta da sua satisfação por ter verificado que as autoridades políticas do país, bem como o governo francês, reconhecem o interesse e o valor do Museu de Fafe na construção de uma história que é decisiva para a perceção da nossa existência enquanto povo e da forma como nos relacionamos com outros povos por via das migrações.

Por seu turno, o Consul Geral de Portugal em Paris, Pedro Lourtie, reafirmou a originalidade e a importância do Museu, estando confiante que com este acordo de cooperação será acrescentada informação e reflexão sobre a História das Migrações o que é de extrema importância não só para a comunidade portuguesa como para a sociedade francesa, pois as mesmas pessoas que saíram de Portugal são aquelas que integram e participam na comunidade francesa com uma reconhecida expressão.

No mesmo dia teve lugar a abertura da exposição de fotografia de Gérald Bloncourt intitulada “Pour une vie meilleure”, na Cité Nationale de l’Histoire de l’Immigration, em Paris. Esta exposição integra 50 fotografias a preto e branco, sobre a emigração portuguesa para França nas décadas de 1950 – 1970, e foi cedida pelo Município de Fafe através do Museu das Migrações e das Comunidades. Esta exposição esteve em itinerância por França, tendo anteriormente estado patente em Bordéus, no Musée d’Aquitaine, e em Hendaye, no Espace Culturel Mendi-Zolan, Sokoburu, no âmbito das Comemorações do Cinquentenário da Imigração Portuguesa naquele país.

A Cité Nationale de l’Histoire de l’Immigration organizou um programa dedicado à imigração portuguesa em França, que decorre desde o mês de Abril, e que incluiu um debate intitulado “Retour sur les 50 ans de l’immigration portugaise”. O debate contou com a presença da investigadora Maria Beatriz Rocha-Trindade, Manuel Dias, presidente do RAHMI, o Conselheiro de Paris Hermano Sanches Ruivo, Conceição Tina Melhorado, “a menina da fotografia” que Gérald Bloncourt fotografou nos anos 60, e o próprio fotógrafo, com moderação da socióloga Maria do Céu Cunha.

O programa culminou na abertura da exposição, com a presença de várias personalidades, nomeadamente, os presidentes das Câmaras Municipais de Fafe e de Viana do Castelo, o Cônsul Geral de Portugal em Paris Pedro Lourtie, e várias figuras políticas, investigadores, dirigentes associativos, artistas, emigrantes portugueses e amigos desse grande vulto da fotografia Gérald Bloncourt.

A exposição inaugurada pelo Embaixador de Portugal em França José Filipe Moraes Cabral e pelo Presidente da Cité National e ex-ministro da Cultura de França Jacques Toubon estará patente na Cité Nationale de l’Histoire de l’Immigration, em Paris, até ao dia 31 de Julho.

22.5.13

A Cité de l’immigration presta homenagem à imigração portuguesa




"A Cité Nationale de l’Histoire de l’Immigration inaugurou no passado dia 14 de maio uma exposição do fotógrafo Gérald Bloncourt, intitulada “Pour une vie meilleure” com fotografias da emigração portuguesa em França há 50 anos. A exposição inclui também fotografias, a preto e branco, captadas no norte de Portugal, em Lisboa e em Hendaye, região fronteiriça francesa conhecida como o local de chegada a França dos milhares de Portugueses que emigraram para este país nos anos 50 e 60.

Durante toda a manhã, o Diretor da Cité Nationale de l’Histoire de l’Immigration, Luc Grusson, fez uma visita guiada a várias personalidades, entre as quais estavam os Presidentes das Câmaras Municipais de Viana do Castelo e de Fafe, o Deputado Carlos Gonçalves, o Cônsul Geral de Portugal em Paris Pedro Lourtie, os sociólogos Maria Beatriz Rocha Trindade, Jorge Portugal Branco, Manuel Dias, Maria do Céu Cunha e Irene dos Santos, entre outras personalidades.

Durante a tarde teve lugar, no auditório da Cité, um debate intitulado “Retour sur les 50 ans de l’immigration portuguesa” moderado por Maria do Céu Cunha com a participação de várias personalidades. “A Cité de l’immigration não é um museu como os outros. Não podemos conceber um museu sem a implicação das pessoas que fizeram a história” disse Luc Grusson. “Desde o início do projeto que associámos várias associações de várias Comunidades, universidades e personalidades, entre as quais Manuel Dias, que desde o início nos apoia neste projeto”.
Manuel Dias é o Presidente do Réseau Aquitain sur l’Histoire et la Mémoire de l’Immigration (Rahmi) que tem o objetivo de promover e desenvolver a ação à volta da memória e da história da imigração na Aquitaine. Ora, há cerca de dois anos, esta instituição iniciou um projeto sobre a história da imigração portuguesa. “Este evento é a continuação do trabalho desenvolvido por Manuel Dias” explicou Luc Grusson. “Por isso mesmo, estão aqui os parceiros que já trabalharam com o Rahmi” como foi o caso dos Presidentes das Câmaras de Viana do Castelo e de Fafe, assim como o Museu das Migrações e das Comunidades de Fafe. “O Museu da Imigração conta a chega dos imigrantes portugueses a França e o Museu da Emigração de Fafe conta a saída dos emigrantes portugueses de Portugal para o mundo inteiro e nomeadamente para a França”. (...)
in Luso Jornal  http://www.lusojornal.com/unefr.pdf

16.5.13

Dia Internacional dos Museus


Dia Internacional dos Museus no Município de Fafe

No próximo dia 18 de Maio de 2013, celebra-se o 36º aniversário do Dia Internacional dos Museus, subordinado ao tema “Museus (Memória + Criatividade)= Mudança Social”.

O objectivo é reforçar a função social dos museus, tendo presente que a sua missão tradicional de preservar e comunicar a memória e o património, associada à criatividade, promovem a renovação construtiva das sociedades contemporâneas.

Para evocar este dia todos os Museus do Município de Fafe terão entrada livre, visitas guiadas e exposições.

No Museu do Automóvel terá lugar a abertura da exposição “Bicicletas antigas”, realizada em colaboração com os Restauradores da Granja. A exposição estará patente de 18 a 31 de maio, no horário do Museu.

O Museu da Imprensa e o Museu das Migrações promovem a realização de um workshop de linogravura, uma técnica de impressão que utiliza o linóleo como matriz.

Entrada livre em todos os museus do Município. As visitas ao Museu Hidroeléctrico de Santa Rita necessitam de marcação prévia.
Mais informação e marcações: 253 490 908 | 253 493 311| servicoeducativo.museu@gmail.com

2.5.13

Convite - Inauguração exposição de Gérald Bloncourt

© Photo Gérald Bloncourt


Convite para a inauguração da exposição "Pour une vie meilleure" de Gérald Bloncourt, cedida pelo Museu das Migrações e das Comunidades, à Cité nationale de l'histoire de l'immigration - Paris.

Inauguração no dia 14 de maio (das 18h às 21h), precedida da mesa redonda "Retour sur 50 ans d'immigration portugaise", moderada por Maria Cunha, com a presença de Gérald Bloncourt e Maria da Conceição Tina Melhorado. 

14 Mai 2013 –  31 Juillet 2013

"L’exposition, en accès libre, présente dans le hall Marie Curie - Cité nationale de l'histoire de l'immigration - cinquante photographies en noir et blanc de Gérald Bloncourt prises en France et au Portugal entre 1954 et 1974.
Militant de longue date, photographe engagé, Gérald Bloncourt découvre à Champigny, durant l’année 64 dans le cadre de ses reportages, un immense bidonville. Il est très vite accepté par les habitants grâce à ses liens étroits avec la CGT et, de fil en aiguille, il entre en contact avec des militants portugais luttant contre la dictature de Salazar. Il se rend alors à plusieurs reprises au Portugal, vivant notamment la révolution des œillets à Lisbonne. Il multiplie les aller-retour entre Porto, Lisbonne, Hendaye et la région parisienne, tantôt sur les chantiers, tantôt dans les usines et il accompagne des familles gagnant clandestinement la France à pied à travers les Pyrénées, photographiant leur calvaire.

Les vues réalisées en France entre 1954 et 1974 montrent les conditions de la vie quotidienne dans le camps de l'Abbé Pierre à Noisy-le-Grand, dans le bidonville de Champigny, ainsi qu'à Paris et Aubervilliers. D'autres vues, sur le thème du passage de la frontière, montrent le passage, à pied, de la frontière dans les Pyrénées, ainsi que le voyage, en train, Lisbonne-Hendaye-Paris et l'arrivée à Paris (gare d'Austerlitz).

Les vues du Portugal, réalisées à Lisbonne, Porto et dans la région montagneuse de Chaves lors d'un reportage en 1966, montrent avant tout la vie quotidienne (portraits de femmes, d'enfants, de gens sur les places publiques, au village, sur le marché etc.) et traitent dans une moindre mesure du travail et des conditions de l'habitat local.

L'exposition a été réalisée par le musée municipal de Viana del Castelo. Elle a bénéficié du soutien de l’Association Ao Norte (Portugal), l’association Poesia (Colombes, France), le Consulat de France de Porto, la Mairie de Colombes, le Musée des Migrations de Fafe, le Musée des Mémoires et des Frontières de Melgaço, l’Observatorio dos Luso Descendentes (Portugal) et l’Université de Minho.